Liturgia diária

Agenda litúrgica

2021-05-26

Quarta-feira da semana VIII

S. Filipe Néri, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Sir 36, 1-2a. 5-6. 13-19 (gr. 1.4-15a.10-17); Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Mc 10, 32-45

* Na Ordem Beneditina – S. Gregório VII, papa – MF; S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – MF; S. Filipe Néri – MF
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Gregório VII, papa; S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 17, 19-20
O Senhor veio em meu auxílio,
livrou-me da angústia e pôs-me em liberdade.
Levou-me para lugar seguro,
salvou-me porque me tem amor.

Oração coleta
Fazei, Senhor,
que os acontecimentos do mundo
decorram para nós segundo os vossos desígnios de paz
e a Igreja Vos possa servir na tranquilidade e na alegria.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I (anos ímpares) Sir 36, 1-2a.5-6.13-19 (gr. 1.4-5a.10-17)
«Reconheçam as nações que sois o único Deus»

Nesta leitura aparece, lado a lado, uma profunda profissão de fé no Senhor, Deus do universo, e a súplica fervorosa ao mesmo Senhor para que os pagãos cheguem também ao conhecimento da verdade, como já aconteceu aos que são agora membros de seu povo. É uma oração de perspectivas missionárias. Mas é também uma oração pelo próprio povo de Deus, “a cidade santa”, que desde o princípio Deus amou como a um filho primogénito. É assim uma oração pela Igreja de Deus.

Leitura do Livro de Ben-Sirá
Tende compaixão de nós, Deus do universo, e mostrai-nos a luz da vossa misericórdia Infundi o vosso temor sobre todas as nações, para que reconheçam, como nós reconhecemos, que não há outro Deus senão Vós, Senhor. Renovai os vossos milagres e fazei novos prodígios, reuni todas as tribos de Jacob e dai-lhes de novo a herança, como no princípio. Tende compaixão do povo chamado pelo vosso nome, de Israel que chamaste primogénito. Tende misericórdia da cidade do vosso santuário, de Jerusalém, o lugar onde habitais. Enchei Sião com a vossa majestade e o templo com a vossa glória. Dai testemunho das vossas primeiras criaturas e realizai as profecias feitas em vosso nome. Dai a recompensa aos que em Vós esperam, para que sejam acreditados os vossos profetas. Ouvi a oração dos vossos servos, por amor do vosso povo, e conduzi-nos pelos caminhos da justiça, e saibam todos os habitantes da terra que Vós sois o Senhor, o Deus dos séculos.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. cf. Sir 36, 1b)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. Repete-se

Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão

Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte. Refrão

E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória. Refrão


ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção de todos. Refrão


EVANGELHO Mc 10, 32-45
«Subimos para Jerusalém
e o Filho do homem será entregue»

Três pequenas secções compõem esta passagem do Evangelho: Jesus, a caminho de Jerusalém, anuncia, pela terceira vez, a sua Paixão; os filhos de Zebedeu, os Apóstolos Tiago e João, com uma maneira de ver ainda muito pouco evangélica, apresentam-se como candidatos aos mais altos lugares no reino dos Céus; por fim, e como resposta a tal pedido, Jesus esclarece que o lugar dos chefes é servir e não ser servido, como acontece com Ele próprio. A glória virá a seu tempo; mas agora, “subimos a Jerusalém”, é a hora de “dar a vida pela redenção de todos”.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os discípulos subiam a caminho de Jerusalém. Jesus ia à sua frente. Os discípulos estavam preocupados e aqueles que os acompanhavam iam com medo. Jesus tomou então novamente os Doze consigo e começou a dizer-lhes o que Lhe ia acontecer: «Vede que subimos para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Vão condená-l’O à morte e entregá-l’O aos gentios; hão de escarnecê-l’O, cuspir-Lhe, açoitá-l’O e dar-Lhe a morte. Mas ao terceiro dia ressuscitará». Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?». Eles responderam: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda». Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?». Eles responderam-Lhe: «Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis batizados com o batismo com que Eu vou ser batizado. Mas sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indi¬gnar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que nos concedeis estes dons que Vos oferecemos
e nos atribuís o mérito do oferecimento,
nós Vos suplicamos:
o que nos dais como fonte de mérito
nos obtenha o prémio da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Sl 12, 6
Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez,
exaltarei o nome do Senhor, cantarei hinos ao Altíssimo.

Ou: Cf. Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados,
concedei-nos, por este sacramento,
com que nos alimentais na vida presente,
a comunhão convosco na vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

São Filipe Néri, presbítero

 

 

Martirológio

Memória de São Filipe Néri, presbítero, que, para salvar os jovens do mal, fundou em Roma um oratório, no qual se praticavam as leituras espirituais, o canto e as obras de caridade. Foi insigne pelo seu amor do próximo, simplicidade evangélica, espírito alegre, zelo infatigável e fervoroso serviço de Deus. 

 

2.   Também em Roma, Santo Eleutério, papa, a quem os célebres mártires de Lião, então detidos no cárcere, escreveram uma nobre carta sobre a conservação da paz na Igreja.

3.   Também em Roma, no cemitério de Priscila, junto à Via Salária Nova, São Simétrio, mártir.

4.   Em Tódi, na Úmbria, região da Itália, Santa Felicíssima, mártir.

5.   No território de Auxerre, na Gália, hoje na França, a paixão de São Prisco e companheiros, mártires.

6.   Em Cantuária, na Inglaterra, o sepultamento de Santo Agostinho, bispo, cuja memória se celebra amanhã.

7.   No território de Lião, na Gália, actualmente na França, a paixão de São Desidério, bispo de Vienne, que, por ordem da rainha Brunilde, a quem ele censurava as suas núpcias incestuosas e outras perversidades, foi relegado para o exílio, e depois, apedrejado por ordem da mesma rainha, recebeu a coroa do martírio.

8*.   No mosteiro de Saint-Papoul, também na Gália, hoje na França, São Berengário, monge.

9*.   Em Vence, na Provença, também na actual França, São Lamberto, bispo, anteriormente monge de Lérins, que foi pródigo para com os pobres e amigo da pobreza.

10*.   Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Francisco Patrízi, presbítero da Ordem dos Servos de Maria, que se dedicou com admirável zelo à pregação, à direcção das almas e ao ministério da Penitência.

11*.   Em Pistóia, também na Etrúria, actualmente na Toscana, o Beato André Fránchi, bispo, que, depois da epidemia da peste negra, como prior da Ordem dos Pregadores, restaurou a vida regular nos conventos da sua Ordem nesta região e aprovou na sua cidade as Irmandades de penitentes para promover a paz e a misericórdia.

12.   Em Quito, no Equador, Santa Mariana de Jesus de Paredes, virgem, que consagrou a Cristo a sua vida na Ordem Terceira de São Francisco e se dedicou com toda a energia a socorrer os pobres indígenas e os negros.

13.   Em Fuzhou, localidade do Fugian, província da China, São Pedro Sans i Jordá, bispo da Ordem dos Pregadores e mártir, que, juntamente com outros sacerdotes, foi preso e levado com cadeias por longo caminho até ao tribunal; no lugar do suplício ajoelhou-se e, terminada a oração, apresentou voluntariamente o pescoço ao cutelo.

14.   Em Seul, na Coreia, São José Chang Song-jib, mártir, que exercia o ofício de farmacêutico e, encarcerado por se ter convertido à fé cristã, morreu vítima de crudelíssimos tormentos.

15.   Em Dong Hoi, cidade do Aname, no actual Vietnam, os santos mártires João Doan Trinh Hoan, presbítero, e Mateus Hguyen Van Phuong, pai de família e catequista, que tinha hospedado o seu companheiro de martírio; pela sua fé, foram ambos torturados e cruelmente degolados no tempo do imperador Tu Duc.

16.   Em Numyonyo, localidade do Uganda, Santo André Kagwa, mártir, director dos tocadores de tímpano do rei Mwanga e seu familiar, que, recém-convertido à fé cristã, ensinava aos nativos e catecúmenos a doutrina do Evangelho e por isso foi cruelmente assassinado.

17.   Em Ttaka Jiunge, também no Uganda, São Ponciano Ngondwe, mártir, que era guarda do reino e, quando já começara a perseguição, recebeu o Baptismo; foi imediatamente metido no cárcere e morreu trespassado por uma lança quando era conduzido à colina do suplício.