Liturgia diária

Agenda litúrgica

2022-08-11

Quinta-feira da semana XIX

S. Clara, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L1: Ez 12, 1-12; Sal 77 (78), 56-57. 58-59. 61-62
Ev: Mt 18, 21 – 19, 1

* Na Ordem Franciscana – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA; na II Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. de S. Joana Francisca de Chantal.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.

Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
a quem o Espírito Santo nos ensina
a chamar confiadamente nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I (anos pares) Ez 12, 1-12
«Parte para o exílio em pleno dia, de modo que eles vejam»

Ezequiel é o profeta do exílio do povo de Deus para Babilónia. Os pecados de Jerusalém a tanto obrigam Deus diante de um povo que não sabe arrepender-se. Hoje o profeta, em lugar de lhes dizer muitas palavras, fala-lhes por meio de uma ação simbólica: toma o aspecto de um emigrante, que sai da sua terra e parte para o exílio. Talvez os gestos falem mais do que as palavras. Mas nem assim eles se deixaram impressionar. E, dentro em breve, todo o povo, a começar pelos seus chefes, foi levado, desterrado, para Babilónia.

Leitura da Profecia de Ezequiel
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, tu habitas no meio desta gente rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, têm ouvidos para ouvir e não ouvem: é uma geração de rebeldes. Tu, filho do homem, prepara a tua bagagem de exilado e parte para o exílio em pleno dia, à vista deles. Sairás deste lugar para outro, à vista deles. Talvez assim reconheçam que são gente rebelde. Prepararás a tua bagagem como bagagem de um exilado, em pleno dia, à vista deles, e sairás à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio. À vista deles, faz uma abertura na muralha e sai através dela. Põe a trouxa aos ombros à vista deles e sai ao escurecer, cobrindo o rosto para não veres o país, porque eu faço de ti um símbolo para a casa de Israel». Eu procedi conforme a ordem que recebi. Preparei a minha bagagem de dia, como bagagem de exilado. À tarde fiz com a mão uma abertura na muralha e saí ao escurecer; saí com a bagagem às costas, à vista deles. Na manhã seguinte, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, a casa de Israel, essa gente rebelde, não te perguntou: ‘Que fazes?’. Então responde-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo dirige-se a quem governa Jerusalém e a toda a casa de Israel que nela vive. Fala-lhes assim: ‘Eu sou para vós um símbolo. Como Eu fiz, assim vos será feito: ireis deportados para o exílio. Aquele que vos governa terá de pôr aos ombros a sua bagagem e ao escurecer passará através da muralha, na qual farão uma abertura para ele sair; cobrirá o rosto para não ver com os seus olhos o país’».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 56-57.58-59.61-62 (R. cf. 7c)
Refrão: Não esqueçais as obras do Senhor. Repete-se

Eles tentaram e ofenderam o Altíssimo
e não observaram os seus mandamentos.
Foram infiéis e renegados como seus pais,
como flecha errante, desviaram-se do caminho. Refrão

Ofenderam-n’O no alto dos montes,
provocaram-n’O com seus ídolos.
Deus ouviu e inflamou-Se em cólera
e repudiou com veemência Israel. Refrão

Deixou cair os seus heróis em cativeiro
e a sua glória nas mãos de inimigos;
e entregou o seu povo à espada,
irritou-Se contra a sua herança. Refrão


ALELUIA Salmo 118 (119), 135
Refrão: Aleluia Repete-se
Fazei brilhar sobre mim a vossa face
e dai-me a conhecer os vossos decretos. Refrão


EVANGELHO Mt 18, 21 – 19, 1
«Não te digo que perdoes até sete vezes,
mas até setenta vezes sete»

O perdão é das atitudes mais significativas do cristianismo. O discípulo de Jesus Cristo deve imitar, em relação aos outros homens, o que Deus faz em relação a cada um de nós. E tanto mais quanto não há proporção entre o que os outros possam ter de culpa em relação a nós e o que nós temos em relação a Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, per¬doei-te, porque me pediste. Não devias, também tu, compa¬- decer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor, que te saciou com a flor da farinha.

Ou: Cf. Jo 6, 51
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.

Oração depois da comunhão
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão nos vossos sacramentos nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

Santa Clara, virgem

 

 

Martirológio

Memória de Santa Clara, virgem, a primeira das Damas Pobres da Ordem dos Menores, que, seguindo o caminho espiritual de São Francisco, abraçou em Assis uma vida austera, mas rica de obras de caridade e piedade. Amou tanto a pobreza que nunca mais quis separar-se dela, nem sequer na extrema indigência e na enfermidade.

2.   Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, Santo Alexandre, chamado o Carvoeiro, bispo, que, passando da sua eminente erudição na filosofia à ciência da humildade cristã, foi elevado por São Gregório o Taumaturgo à sede episcopal desta Igreja, que ilustrou não só com a pregação, mas também com o martírio consumado nas chamas da fogueira.

3.   Em Roma, no cemitério “Ad Duas Lauros”, junto à Via Labicana, São Tibúrcio, mártir, cujos louvores foram celebrados pelo papa São Dâmaso.

4.   Também em Roma, a comemoração de Santa Susana, a cujo nome, celebrado entre os mártires nos antigos memoriais, foi dedicado a Deus no século VI uma basílica no título de Gaio junto das Termas de Diocleciano.

5.   Em Assis, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, São Rufino, que é considerado o primeiro bispo desta cidade e mártir.

6*.   Em Benevento, na Campânia, também região da Itália, São Cassiano, bispo.

7.   Em Évreux, na Gália, hoje na França, São Taurino, que é venerado como primeiro bispo desta cidade.

8*.   Na Irlanda, Santa Atracta, abadessa, que, segundo a tradição, recebeu das mãos de São Patrício o véu das virgens.

9.   Na província de Valéria, hoje na Úmbria, região da Itália, Santo Equício, abade, que, como escreve o papa São Gregório Magno, pela sua santidade foi pai de muitos mosteiros e, onde quer que chegasse, abria a fonte da Sagrada Escritura.

10.   Em Cambrai, na Austrásia, actualmente na França, São Gaugerico, bispo, insigne pela sua piedade e caridade para com os pobres, que foi ordenado diácono por Magnerico de Tréveris e, eleito depois para a sede episcopal de Cambrai, exerceu o ministério durante trinta e nove anos.

11*.   Em Arles, na Provença, também na actual França, Santa Rustícola, abadessa, que dirigiu santamente as monjas durante quase sessenta anos.

12*.   Em Gloucester, na Inglaterra, os beatos João Sandys e Estêvão Rowsham, presbíteros, e Guilherme Lampley, alfaiate, mártires, que, no reinado de Isabel I, embora em dias diversos e não conhecidos, sofreram os mesmos suplícios por Cristo.

13*.   Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João (Tiago Jorge Rhem), presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, encerrado durante a perseguição contra a fé no sórdido cárcere, exortava à esperança os seus companheiros de cativeiro duramente atribulados, até que ele próprio, atingido por uma doença incurável, morreu por Cristo.

14♦.   Em Milão, na Itália, o Beato Luís Birághi, presbítero da diocese de Milão, fundador da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina.

15*.   Em Agullent, povoação do território de Valência, na Espanha, o Beato Rafael Afonso Gutiérrez, mártir, pai de família, que, durante a violenta perseguição contra a fé, derramou o seu sangue por Cristo. Com ele comemora-se também o beato mártir Carlos Díaz Gandia, que, na mesma localidade e no mesmo dia, venceu o combate da fé e alcançou a vida eterna.

16*.   Em Prat de Compte, povoação próxima de Tarragona, também na Espanha, o Beato Miguel Domingos Cendra, religioso da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição, mereceu receber a sublime palma do martírio.

17*.   Nos confins do Tibete, o Beato Maurício Tornay, presbítero e mártir, cónego regular da Congregação dos Santos Nicolau e Bernardo de Mont-Joux, que anunciou ardorosamente o Evangelho na China e no Tibete e foi assassinado pelos inimigos em ódio ao nome de Cristo.