Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-04-17

QUARTA-FEIRA da semana III

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 At 8, 1b-8; Sl 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a
Ev Jo 6, 35-40

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Batista Mantuano, presbítero – MO e MF

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 70, 8.23
Cante a minha boca, Senhor, a vossa glória,
proclamando continuamente os vossos louvores.
Os meus lábios exultem de alegria. Aleluia.

Oração coleta
Vinde, Senhor,
em auxílio da vossa família, reunida em oração,
e concedei que participem eternamente
na ressurreição do vosso Filho unigénito
aqueles a quem destes a graça da fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 8, 1b-8
«Andaram de terra em terra a anunciar a palavra do Evangelho»

Um conjunto de pequenas notícias enche esta leitura; mas em todas elas perpassa o sopro do Espírito do Ressuscitado. Até a dispersão de que sofreu a comunidade de Jerusalém foi ocasião para que o Evangelho chegasse ás outras províncias mais distantes. E o próprio ardor de Saulo, aquela testemunha ocular da morte de Estêvão, irá transformar-se em zelo pela Boa Nova de Jesus ressuscitado. Está-se verdadeiramente no Tempo Pascal da Igreja, sob o signo do Espírito.

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naquele dia, levantou-se uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém e todos, à excepção dos Apóstolos, se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grandes lamentações por ele. Saulo, por sua vez, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e metia-os na prisão. Entretanto, os irmãos dispersos andaram de terra em terra, a anun¬ciar a palavra do Evangelho. Foi assim que Filipe, tendo descido a uma cidade da Samaria, começou a anunciar Cristo àquela gente. As multidões aderiam unânimemente às palavras de Filipe, porque ouviam falar dos milagres que fazia e também os viam. De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados. E houve muita alegria naquele cidade.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66) l-3a.4-5.6-7a (R. l)
Refrão: A terra inteira aclame o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o Senhor, terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores, dizei a Deus:
«Maravilhosas são as vossas obras». Refrão

«A terra inteira Vos adore e celebre,
entoe hinos ao vosso nome».
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua ação pelos homens. Refrão

Mudou o mar em terra firme,
atravessaram o rio a pé enxuto.
Alegremo-nos n’Ele:
domina eternamente com o seu poder. Refrão


ALELUIA cf. Jo 6, 40
Refrão: Aleluia. Repete-se

Quem acredita no Filho de Deus tem a vida eterna:
Eu o ressuscitarei no último dia, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 35-40
«A vontade d’Aquele que Me enviou é esta:
que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu»

Jesus afirma-Se agora, claramente, o “Pão da Vida”. Já assim fora anteriormente prefigurado no pão multiplicado e no maná evocado na fala com os Judeus; mas agora é Ele mesmo que Se apresenta claramente como o Pão, o alimento que mata a fome. E este Pão assimila-se pela fé. Por isso, Jesus, como outrora a Sabedoria (cf. Pr 9) ergue a voz e clama, convidando para o banquete. Quem d’Ele se alimentar terá a vida eterna na glória da ressurreição, que o Tempo Pascal prefigura.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede. No entanto, como vos disse, ‘embora tivésseis visto, não acreditais’. Todos aqueles que o Pai Me dá virão a Mim e àqueles que vêm a Mim não os rejeitarei, porque desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou. E a vontade d’Aquele que Me enviou é esta: que Eu não perca nenhum dos que Ele Me deu, mas os ressuscite no último dia. De fato, é esta a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e acredita n’Ele tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Concedei, Senhor,
que, em todo o tempo, possamos alegrar-nos
com estes mistérios pascais,
de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção
seja para nós causa de alegria eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão
Fomos resgatados pelo Sangue de Cristo
que, ressuscitando de entre os mortos,
fez brilhar sobre nós a sua luz. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Ouvi, Senhor, as nossas preces
e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção
nos auxiliem na vida presente
e nos alcancem as alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Martirológio

1.   Em Melitene, na antiga Arménia, hoje na Turquia, os santos mártires Pedro, diácono, e Hermógenes, seu auxiliar.

2.   Na antiga Pérsia, a paixão de São Simeão bar Sabas, bispo de Selêucia e de Ctesifonte, que, preso e carregado de cadeias por ordem de Sapor II rei da Pérsia, por ter recusado adorar o sol e dar testemunho livre e firmemente da sua fé em Jesus Cristo, foi primeiramente encarcerado e metido num estreito calaboiço, onde permaneceu durante algum tempo com mais de cem companheiros, entre os quais estavam bispos, presbíteros e clérigos de outras ordens eclesiásticas; depois, numa Sexta-Feira da Paixão do Senhor, todos os companheiros de Simeão foram degolados na sua presença, enquanto ele exortava ardentemente cada um deles, sendo por fim também ele degolado.

3.   Comemoram-se também muitos mártires, que, depois da morte de São Simeão, em toda a Pérsia foram degolados pelo nome de Cristo no tempo do mesmo rei Sapor, entre os quais Santo Ustazades, eunuco da corte real, que tinha sido preceptor do rei Sapor e, no primeiro ímpeto da perseguição, sofreu o martírio no palácio de Artaxerxes, irmão do próprio Sapor, na província de Adiabena, no actual Iraque.

4.   Em Tortona, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, Santo Inocêncio, bispo.

5.   Em Melitene, na antiga Arménia, hoje na Turquia, Santo Acácio, bispo, que no Concílio de Éfeso defendeu a recta fé contra Nestório e depois foi injustamente deposto da sua sede episcopal.

6.   Em Vienne, na Borgonha, na actual França, Santo Pantágato, bispo.

7*.   Na ilha de Eigg, nas Hébridas, ao largo da Escócia, os santos Donano, abade, e cinquenta e dois companheiros monges, que foram assassinados pelos piratas, queimados na fogueira ou passados ao fio da espada quando celebravam a solenidade da Páscoa.

8.   Em Córdova, na Andaluzia, região da Hispânia, os santos mártires Elias, presbítero já de avançada idade, Paulo e Isidoro, monges ainda jovens, que durante a perseguição dos Mouros foram mortos por professarem a fé cristã.

9.   No mosteiro de Chaise-Dieu, junto de Clermont-Ferrand, na França, São Roberto, abade, que no lugar deserto onde habitava solitário reuniu vários irmãos e conquistou um grande número de pessoas para o Senhor pela palavra da sua pregação e pelo exemplo da sua vida.

10.   No mosteiro de Molesmes, na França, São Roberto, abade, que, procurando praticar a vida monástica de observância mais simples e austera, foi incansável fundador e director de cenóbios, bem como director de eremitas e insigne restaurador da disciplina monástica, e fundou o mosteiro de Cister, do qual foi o primeiro abade; finalmente regressou como abade ao mosteiro de Molesmes, onde descansou em paz.

11*.   Em Perúgia, na Úmbria, região da Itália, o Beato Tiago de Cerqueto, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que deu exemplo de serena aceitação da enfermidade.

12*.   Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Clara Gambacórti, que, tendo ficado viúva ainda jovem, animada por Santa Catarina de Sena aqui fundou o primeiro mosteiro dominicano de estricta observância e, perdoando aos assassinos de seu pai e seus irmãos, orientou as irmãs com grande prudência e caridade.

13*.   Em Madrid, na Espanha, a Beata Mariana de Jesus (Mariana Navarro de Guevara), virgem, que, vencendo a oposição do pai, tomou o hábito da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e ofereceu as suas orações e penitências especialmente pelos mais necessitados e aflitos.

14*.   Em Londres, na Inglaterra, o Beato Paulo de Santa Madalena (Henrique Heath), presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, no reinado de Carlos I, foi condenado à morte em Tyburn por causa da sua condição de sacerdote.

15.   Em Salt, no Quebec, província do Canadá, Santa Catarina Tekakwitha, virgem, oriunda dos índios nativos e baptizada num dia de Páscoa, que, apesar de muitas ameaças e vexames, ofereceu a Deus a virgindade que ainda antes da conversão sempre procurou conservar.