Liturgia diária

Agenda litúrgica

2022-05-28

Sábado da semana VI

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 18, 23-28; Sal 46 (47), 2-3. 8-9. 10
Ev: Jo 16, 23b-28

* Na Ordem Franciscana – S. Maria Ana de Paredes, virgem, da III Ordem – MF
* Na Ordem de Malta – S. Ubaldesca de Taccini, virgem e religiosa – MO
* I Vésp. da Ascensão do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

Ano C

Missa

 

Nas regiões em que a Ascensão do Senhor não é dia de preceito, atribui-se-lhe, como dia próprio, o Domingo VII da Páscoa.

Missa da vigília
Esta Missa diz-se na tarde da véspera da solenidade, antes ou depois das Vésperas I da Ascensão.

Antífona de entrada Cf. Sl 67, 33.35
Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor, que sobe às alturas do céu.
Sobre as nuvens resplandece o seu poder e majestade. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
cujo Filho hoje sobe ao céu na presença dos apóstolos,
concedei-nos que, segundo a sua promessa,
Ele viva sempre connosco na terra,
para que mereçamos um dia viver com Ele no céu.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 1, 1-11
«Elevou-Se à vista deles»

Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele, que permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar.
Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação.


Leitura dos Atos dos Apóstolos
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João baptizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor. Repete-se

Ou: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta. Repete-se


Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Refrão

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Refrão

Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado. Refrão


LEITURA II Ef 1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»

Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo.
Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós, como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 46-53
«Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»

A glorificação de Jesus começou na manhã de Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena. Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a concepção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição.
A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.


Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
cujo Filho unigénito, nosso Sumo Sacerdote,
vive para sempre à vossa direita a interceder por nós,
concedei que, aproximando-nos confiadamente do trono da graça,
alcancemos os dons da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I ou II da Ascensão do Senhor.

No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. Heb 10, 12
Jesus Cristo, tendo oferecido pelos pecados o único sacrifício,
vive para sempre à direita de Deus Pai. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Os dons que recebemos do vosso altar, Senhor,
despertem em nossos corações o desejo da pátria celeste
e, encaminhando os nossos passos no seguimento de Cristo,
nos façam chegar onde Ele entrou como nosso Salvador.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.

 

 

Martirológio

1.   Em Corinto, na Acaia, actualmente na Grécia, Santa Helicónides, mártir, que, no tempo do imperador Gordiano, sob a jurisdição do governador Perénio e do seu sucessor Justino, depois de suportar muitos tormentos, finalmente decapitada consumou o seu martírio.

2.   Em Chartres, na Gália Lionense, na actual França, São Caraúno, mártir.

3.   Em Urgel, na Hispânia Tarraconense, São Justo, bispo, que escreveu um comentário alegórico do “Cântico dos Cânticos” e tomou parte nos concílios hispânicos.

4.   Em Paris, na Gália, na actual França, São Germano, bispo, que era abade de São Sinforiano em Autun quando foi chamado para a sede episcopal de Paris e, continuando o modo de vida monástica, exerceu com muito fruto o ministério pastoral das almas.

5*.   No mosteiro de Gellone, na Gália Narbonense, também na actual França, São Guilherme, monge, que, depois de ter sido uma personagem de grande prestígio na corte do imperador, estimulado pela sua grande simpatia por São Bento de Aniane, tomou o hábito monástico que honrou com exímia virtude.

6*.   Em Cantuária, na Inglaterra, o Beato Lanfranco, bispo, que, sendo monge de Bec, na Normandia, fundou uma célebre escola e disputou contra Berengário sobre a presença verdadeira do corpo e sangue de Cristo no sacramento eucarístico; depois, elevado à sede episcopal de Cantuária, procurou reformar a disciplina da Igreja na Inglaterra.

7*.   Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Ubaldina, virgem, que, desde os dezasseis anos de idade até à morte, durante cinquenta e cinco anos praticou infatigavelmente num hospício as obras de misericórdia.

8*.   Em Castelnuovo di Garfagnana, também na Etrúria, hoje na Toscana, o Beato Herculano de Piégaro, presbítero da Ordem dos Menores, que foi exímio pregador e resplandeceu pela austeridade de vida, longos jejuns e fama de milagres.

9*.   Em Londres, na Inglaterra, a Beata Margarida Pole, mãe de família e mártir, que, sendo condessa de Salisbúria e mãe do cardeal Reinaldo, no reinado de Henrique VIII, cujo divórcio ela censurara, foi decapitada no cárcere da Torre de Londres e descansou na paz de Cristo.

10*.   Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Maria Bartolomeia Bagnési, virgem, irmã da Ordem da Penitência de São Domingos, que suportou durante cerca de quarenta e cinco anos muitos e atrozes sofrimentos.

11*.   Em Londres, na Inglaterra, os beatos Tomás Ford, João Shert e Roberto Johnson, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, falsamente acusados de conjura, foram condenados à morte e suspensos ao mesmo tempo no patíbulo de Tyburn.

12.   Em Cho Quan, localidade da Cochinchina, no hodierno Vietnam, São Paulo Hanh, mártir, que, abandonando a moral cristã, pertencia a um bando de salteadores; mas, preso no tempo do imperador Tu Duc, confessou que era cristão, e nem seduções nem flagelações nem a dilaceração dos membros o fizeram demover da fé; finalmente, degolado, alcançou o glorioso martírio.

13*.   Em Sachsenhausen, na Alemanha, o Beato Ladislau Demski, mártir, que, natural da Polónia, morreu duramente torturado num campo de concentração por defender a fé perante os sequazes de doutrinas hostis a toda a dignidade humana e cristã.

14*.   Em Dzialdowo, cidade da Polónia, o Beato António Julião Nowowiejski, bispo de Plock, que, na mesma calamidade, foi encarcerado pelos inimigos num campo de concentração e, esvaído pela fome e cruéis torturas, foi ao encontro do Senhor.