Liturgia diária

Agenda litúrgica

2023-02-06

Segunda-feira da semana V

Santos Paulo Miki e Companheiros, mártires – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Gn 1, 1-19; Sl 103 (104), 1-2a. 5-6. 10 e 12. 24 e 35c
Ev Mc 6, 53-56

* Na Ordem Franciscana – Santos Pedro Batista, Paulo Miki e Companheiros, mártires, da I e III Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Santos Pedro Batista, presbítero, da I Ordem, e Companheiros, mártires – MO
* Na Companhia de Jesus – Santos Paulo Miki, religioso, e Companheiros – MO

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.

Oração coleta
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA (anos ímpares) Gn 1, 1-19
«Deus disse e assim sucedeu»

Começamos hoje a ler, em leitura semi-contínua, o primeiro livro da Bíblia, chamado Génesis, que quer dizer “Origens”. De uma forma poética, toda imaginativa, o autor apresenta a criação inteira saindo das mãos de Deus. À medida que o tempo caminha nós vamos captando o sentido último da criação, desde a criatura mais simples até ao mais alto grau da vida, que só em Jesus Cristo se alcança, porque Ele é o próprio Deus encarnado numa criatura, é o novo Adão, é o Primeiro e o Último, como se lê no Apocalipse.

Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a superfície do abismo e o espírito de Deus pairava sobre as águas. Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia. Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas, para as manter separadas umas das outras». Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das águas que estavam por cima dele. E ao firmamento chamou ‘céu’. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia. Disse Deus: «Juntem-se as águas que estão debaixo do firmamento num só lugar e apareça a terra seca». E assim sucedeu. À parte seca Deus chamou ‘terra’ e ‘mar’ ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom. Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que dêem sementes e árvores de fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua semente, segundo a própria espécie». E assim sucedeu. A terra produziu verdura: erva que produz semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a sua semente, segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia. Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu, para distinguirem o dia da noite e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos, para que brilhem no firmamento do céu e iluminem a terra». E assim sucedeu. Deus fez dois grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite; e fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminarem a terra, para presidirem ao dia e à noite e separarem a luz das trevas. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.5-6.10 e 12.24 e 35c (R. cf. 31b)
Refrão: Rejubile o Senhor nas suas obras. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto! Refrão

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas. Refrão

Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto. Refrão

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre. Refrão


ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão


EVANGELHO Mc 6, 53-56
«Todos os que O tocavam ficavam curados»

De novo, Jesus Se revela como a fonte da vida: todos os que O tocam são curados. Mas não é o gesto, em si mesmo, de O tocar materialmente que os aproxima de Jesus, mas a fé que lhes move o coração e lhes faz ver para além daquilo aonde os olhos podem chegar. Os milagres de Jesus vêm sempre remediar situações deficientes do homem. Assim, Jesus vai anunciando desde já, pelos sinais que vai realizando, a sua Páscoa, que levará a cabo a nova criação.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos fizeram a travessia do lago e vieram para terra em Genesaré, onde aportaram. Quando saíram do barco, as pessoas reconheceram logo Jesus; então percorreram toda aquela região e começaram a trazer os doentes nos catres, para onde ouviam dizer que Ele estava. Nas aldeias, cidades ou casais onde Jesus entrasse, colocavam os enfermos nas praças públicas e pediam que os deixasse tocar-Lhe ao menos na orla do manto. E todos os que O tocavam ficavam curados.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.

Ou: Mt 5, 5-6
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.

Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

Santos Paulo Miki e companheiros, mártires

 

 

Martirológio

Memória dos santos Paulo Miki e companheiros[1], mártires em Nagasáki, no Japão. Agravando-se a perseguição contra os cristãos, foram presos, atormentados e condenados à pena capital oito presbíteros ou religiosos da Companhia de Jesus e da Ordem dos Frades Menores, procedentes da Europa ou naturais do Japão, e dezassete leigos. Todos eles, também os adolescentes, foram crucificados por serem cristãos, manifestando a sua alegria por terem a graça de morrer de modo semelhante ao de Cristo.


[1]  São estes os seus nomes: João de Goto Soan, Tiago Kisai, religiosos da Companhia de Jesus; Pedro Baptista Blásquez, Martinho da Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, presbíteros da Ordem dos Frades Menores; Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia, Francisco de São Miguel de la Parilla, religiosos da mesma Ordem; Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki, Tomé Dangi, Paulo Suzuki, catequistas; Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé, seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim Sakakibara, Francisco Adaucto, neófitos.

2.   Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Antoliano, mártir.

3.   Em Emessa, hoje Homs, na Síria, a comemoração de São Silvano, bispo e mártir, que, depois de presidir a esta Igreja durante quarenta anos, por fim, no tempo do imperador Maximino, foi lançado às feras e recebeu a palma do martírio, juntamente com o diácono Lucas e o leitor Mócio.

4.   Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, Santa Doroteia, virgem, e São Teófilo, estudante, mártires.

5*.   Em Ardagh, na Irlanda, São Melo, bispo.

6.   Em Arras, na Gália Bélgica, actualmente na França, São Gastão, bispo, que, enviado por São Remígio, bispo de Reims, para aquela cidade devastada, catequisou o rei Clóvis, restabeleceu a Igreja e dirigiu-a durante cerca de quarenta anos e levou a bom termo a obra de evangelização dos povos ainda pagãos daquela região.

7.   Em Elnon, também na Gália Bélgica, na actual Bélgica, Santo Amando, bispo de Maastricht, que anunciou a palavra de Deus a muitas províncias e povos até às regiões dos Eslavos e, finalmente, terminou a sua vida terrena num mosteiro que construíra.

8*.   Na região de Tongres, no Brabante da Austrásia, actualmente também na Bélgica, Santa Rénula ou Reinilde, abadessa do mosteiro de Eike.

9.   Em Palestrina, no Lácio, região da Itália, São Guarino, bispo, célebre pela sua austeridade de vida e amor aos pobres.

10*.   Em Skara, na Suécia, São Brinolfo Algotsson, bispo, ilustre pela sua ciência e dedicação à Igreja.

11*.   Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, o Beato Ângelo de Fúrci, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, insigne no zelo pelo reino de Deus.

12.   Em Ângri, perto de Salerno, também na Campânia, Santo Afonso Maria Fusco, presbítero, que se dedicou ao ministério das missões rurais, à formação dos jovens, especialmente dos pobres e dos órfãos, e fundou a Congregação das Irmãs de São João Baptista.

13*.   Em Rivolta d’Adda, no território de Cremona, na Itália, o Beato Francisco Spinelli, presbítero, que, superando pacientemente muitas e prolongadas dificuldades, fundou e dirigiu a Congregação das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.

14.   Em Durando, cidade do México, São Mateus Correa, presbítero e mártir, que, durante a perseguição desencadeada contra a Igreja, se recusou a obedecer à ordem de revelar o segredo de confissão e por isso recebeu a coroa do martírio.