Liturgia diária
Agenda litúrgica
2024-05-18
SÁBADO da semana VII
Missa da manhã
S. João I, papa e mártir – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou pf. da Ascensão do Senhor.
L 1 At 28, 16-20. 30-31; Sl 10 (11), 4. 5 e 7
Ev Jo 21, 20-25
* Na Ordem Agostiniana – B. Guilherme de Tolosa, presbítero – MF
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – Virgem santa Maria, Rainha dos apóstolos, Padroeira da Sociedade – FESTA
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos apóstolos – Nossa Senhora, Rainha dos apóstolos, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem Franciscana – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – MF
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Nossa Senhora, Rainha dos apóstolos – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Félix de Cantalício, religioso, da I Ordem – FESTA
* Na Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus – S. Rafaela Maria, virgem, Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem de Malta – B. Gerardo Mecatti de Villamagna, religioso – MO
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – S. Estanislau Papczynski, Fundador da Congregação – SOLENIDADE.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Deis – B. Guadalupe Ortiz de Landázuri – MF
* Na Congregação Salesiana – S. Leonardo Murialdo, presbítero – MF
DOMINGO DE PENTECOSTES
SOLENIDADE
Sábado à tarde
Vermelho.
Missa própria da vigília, Glória, Credo, pf. próprio.
* I Vésp. do Pentecostes – Compl. dep. I Vésp. dom.
Ano B
Missa
Missa vespertina na vigília
Forma breve
Esta Missa diz-se na tarde do sábado, antes ou depois das Vésperas I de Pentecostes.
Antífona de entrada Cf. Rm 5, 5; 8, 11
O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno, que, na festa de Pentecostes,
completais os cinquenta dias do mistério pascal,
fazei que, pela ação do vosso Espírito,
os povos dispersos se reúnam de novo
e todas as línguas proclamem numa só fé a glória do vosso nome.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Ou:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso,
o esplendor da vossa glória
e a luz da vossa luz confirme, com os dons do Espírito Santo,
o coração daqueles que, por vossa graça, renasceram.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Diz-se o Credo.
Oração sobre as oblatas
Derramai, Senhor, a bênção do Espírito Santo
sobre os dons que apresentamos ao vosso altar,
a fim de que a Igreja, pela participação neste sacramento,
se inflame de tal modo no vosso amor
que manifeste a todo o mundo o mistério da salvação.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio: O mistério de Pentecostes
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Hoje manifestastes a plenitude do mistério pascal
e sobre os filhos de adoção,
unidos em comunhão admirável ao vosso Filho unigénito,
derramastes o Espírito Santo,
que, no princípio da Igreja nascente,
revelou o conhecimento de Deus a todos os povos da terra
e uniu a diversidade das línguas na profissão duma só fé.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e, com os anjos e todos os coros celestes,
proclamam a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
Antífona da comunhão Jo 7, 37
No último dia da festa, Jesus exclamava em alta voz:
Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Aleluia.
Oração depois da comunhão
Este sacramento que recebemos, Senhor,
nos comunique o fervor do Espírito Santo,
que admiravelmente derramastes sobre os apóstolos.
Por Cristo nosso Senhor.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene
Missa vespertina na vigília
em forma mais extensa
1. Nas igrejas em que se celebra a Missa da vigília na sua forma mais longa, esta Missa pode celebrar-se do modo seguinte.
2. a) Se as Vésperas I, no coro ou em comum, precedem imediatamente a Missa, a celebração pode começar ou pelo versículo introdutório e o hino Vem, criador Espírito de Deus, ou pelo cântico de entrada O amor de Deus foi derramado ou Quando Eu manifestar a minha santidade, com a procissão de entrada e a saudação do sacerdote, omitindo num e noutro caso o rito penitencial (cf. Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas, nn. 94 e 96).
Segue-se então a salmodia das Vésperas até à leitura breve, exclusive.
Depois da salmodia, omitindo o ato penitencial e, conforme as circunstâncias, o Senhor, tende piedade de nós, o sacerdote diz a oração:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso, como na Missa Vespertina na Vigília, p. 413.
3. b) Se a Missa começa na forma habitual, depois do Senhor, tende piedade de nós, o sacerdote diz esta oração:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso, como na Missa Vespertina na Vigília, p. 413.
Em seguida, o sacerdote pode dirigir ao povo uma breve exortação, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Ao iniciarmos a vigília de Pentecostes, irmãos caríssimos, a exemplo dos apóstolos e dos discípulos, que, com Maria, Mãe de Jesus, perseveravam na oração, esperando a vinda do Espírito Santo, prometido pelo Senhor, ouçamos agora de coração tranquilo a palavra de Deus. Meditemos as maravilhas que o Senhor fez em favor do seu povo e oremos para que o Espírito Santo, que o Pai enviou como primícias aos que acreditam n’Ele, realize plenamente a sua obra no mundo.
4. Seguem-se as leituras previstas no lecionário ad libitum. O leitor dirige-se para o ambão e faz a leitura. Em seguida, o salmista ou o cantor diz o salmo, a que o povo responde com o refrão. Depois, pondo-se todos de pé, o sacerdote diz Oremos e, após orarem durante alguns momentos em silêncio, o sacerdote diz a oração correspondente. Em vez do salmo responsorial pode observar-se algum tempo de silêncio, omitindo, neste caso, a pausa depois do Oremos.
Orações depois das leituras
5. Depois da primeira leitura («Chamaram-lhe Babel, porque lá o Senhor confundiu a linguagem do mundo inteiro»: Gn 11, 1-9) e do salmo (32, 10-11.12-13.14-15; R. (12b): Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança).
Oremos.
Deus todo-poderoso,
fazei que a Igreja seja sempre o povo santo,
congregado na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
para manifestar ao mundo
o mistério da vossa santidade e unidade
e conduzi-lo à plenitude do vosso amor.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
6. Depois da segunda leitura («O Senhor desceu sobre o monte Sinai, na presença de todo o povo»: Ex 19, 3-8.16-20b) e do cântico (Dn 3, 52.53.54.55.56; R. (52b): Seja louvado e exaltado para sempre) ou do salmo (18, 8.9.10.11; R. (Jo 6,68c): Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna).
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que, no fulgor do monte Sinai, destes a Moisés a antiga lei
e hoje manifestastes, no fogo do Espírito, a nova aliança,
concedei que sempre nos inflamemos no Espírito Santo,
que admiravelmente derramastes sobre os apóstolos,
e o novo Israel, congregado de entre todos os povos,
receba com alegria o mandamento eterno do vosso amor.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
7. Depois da terceira leitura («Ossos ressequidos, vou mandar-vos um sopro de vida e tornareis a viver»: Ez 37, 1-14 e do Sl 106, 2-3.4-5.6-7.8-9; R. (1): Dai graças ao Senhor, porque é eterna a sua misericórdia, ou: Aleluia).
Oremos.
Senhor, Deus do universo,
que renovais e conservais o mundo decaído,
aumentai o povo que, pelo poder santificador do vosso nome,
vai receber a vida nova,
de modo que todos os que se purificam no santo Batismo
vivam sempre segundo a inspiração da vossa graça.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
Ou:
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes renascer pela palavra da vida,
derramai sobre nós o vosso Espírito Santo,
para que, vivendo na unidade de fé,
mereçamos chegar à gloriosa ressurreição da carne.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
Ou:
Senhor nosso Deus,
exulte sempre o vosso povo com a renovada juventude da alma,
de modo que, alegrando-se agora
por se ver restituído à glória da adoção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
8. Depois da quarta leitura («Sobre os meus servos e servas derramarei o meu Espírito»: Jl 3, 1-5) e do Sl 103, 1-2a.24 e 35c.27-28.29bc-30; R. (30): Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra).
Oremos.
Realizai, Senhor, a vossa promessa
e enviai sobre nós o Espírito Santo,
para que nos torne, perante o mundo,
testemunhas do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.
9. Em seguida, o sacerdote entoa o hino Glória.
10. Terminado o hino, o sacerdote diz a oração coleta, no modo habitual:
Deus todo-poderoso e eterno, como na Missa da vigília, p. 413.
11. Depois, o leitor faz a leitura do Apóstolo (Rm 8, 22-27) e a Missa continua na forma habitual.
12. Se as Vésperas se celebram com a Missa, depois da comunhão com a antífona No último dia da festa, canta-se o Magníficat com a sua antífona das Vésperas Vinde, Espírito Santo. Em seguida, diz-se a oração depois da comunhão e o resto na forma habitual.
13. Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene, p. 708.
Na despedida do povo, o diácono ou, na sua ausência, o próprio sacerdote canta ou diz:
V. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.
LITURGIA DA PALAVRA
Estas leituras utilizam-se na Missa celebrada no sábado à tarde, quer antes quer depois das Vésperas I do Domingo de Pentecostes. Na leitura I, lê-se um dos quatro textos seguintes, à escolha:
LEITURA I Gen 11, 1-9
«Chamaram-lhe Babel, porque aí se confundiu a linguagem
de todo o mundo»
Os homens do nosso tempo procuram, ansiosamente, a unidade, na certeza de que só em comunhão com os outros se realizarão plenamente. Porém, sem comunhão com Deus não é possível a união entre os homens. Construir a unidade só com as próprias forças, prescindindo de Deus, ou mesmo contra Deus, é empresa vã. Toda a sociedade que rejeita Deus, está destinada à ruína (Sal. 126; Lc. 19, 41-44), isto é à confusão e à divisão. A unidade só se constrói, quando os homens acolhem o Espírito de Jesus, que nos faz falar a linguagem universal da comunhão e do amor.
Leitura do Livro do Génesis
Toda a terra tinha uma só língua e usava as mesmas palavras. Ao emigrarem do Oriente, os homens encontraram uma planície na região de Senaar e nela se fixaram. Disseram então uns aos outros: «Vamos fabricar tijolos e cozê-los ao fogo». Os tijolos serviam-lhes de pedra e o betume de argamassa. Disseram ainda: «Vamos edificar uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus, para nos tornarmos famosos e não nos dispersarmos por toda a superfície da terra». Mas o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens construíam. Disse então o Senhor: «Aí está um povo unido e todos falam a mesma língua. Se este é o começo dos seus empreendimentos, nenhum projecto lhes será difícil. Vamos descer até lá para lhes confundir a linguagem, de modo que não entendam a fala uns dos outros». E o Senhor dispersou-os por toda a superfície da terra e eles desistiram de construir a cidade. Por isso lhe chamam Babel, porque lá o Senhor confundiu a linguagem de todo o mundo e de lá dispersou os habitantes por toda a superfície da terra.
Palavra do Senhor.
Ou Ex 19, 3-8a.16-20b
«O Senhor descerá sobre o monte Sinai à vista de todo o povo»
No Sinai, cinquenta dias após a passagem do Mar Vermelho, Deus manifesta-Se a Israel e, movido apenas pelo Seu amor, escolhe-o para Seu povo, estabelece com ele uma aliança de amizade, não lhe exigindo, em resposta, senão uma fidelidade perfeita. Israel torna-se assim uma «nação santa», isto é um povo ao serviço de Deus, testemunha da Sua mesma santidade entre os outros povos. Esta aliança do Sinai é fruto da ação luminosa e purificadora do Espírito de Deus.
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés subiu à presença de Deus. O Senhor chamou-o da montanha e disse-lhe: «Assim falarás à casa de Jacob, isto dirás aos filhos de Israel: ‘Vistes o que Eu fiz ao Egito, como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial entre todos os povos. Porque toda a terra Me pertence; mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa’. Tais são as palavras que dirás aos filhos de Israel». Moisés voltou, convocou os anciãos do povo e expôs-lhes todas estas palavras, como o Senhor lhe tinha ordenado. Todo o povo respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que o Senhor mandou». Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No acampamento, todo o povo estremeceu. Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e ficaram no sopé da montanha. O monte Sinai todo ele fumegava, porque o Senhor descera sobre ele no meio do fogo. O fumo subia como de uma fornalha e toda a montanha tremia violentamente. O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e Deus respondia com voz de trovão. O Senhor desceu sobre as alturas do monte Sinai e chamou Moisés para que subisse ao cimo da montanha.
Palavra do Senhor.
Ou Ez 37, 1-14
«Ossos ressequidos, vou introduzir em vós o espírito e vivereis»
Infiel à Aliança, o antigo Povo de Deus, separando-se do Senhor, fonte de vida, conhece, no exílio, um trágico destino. Deus, porém, não esquece esse povo, reduzido a um amontoado de ossos. Pelo Seu Espírito, fá-lo-á ressurgir da morte e do desespero. Esta intervenção de Deus, que, em certo modo, é uma nova criação, é um sinal daquela, pela qual o Senhor reunirá todos os homens na nova humanidade, surgida sob a ação do Espírito Santo no dia do Pentecostes. É também uma imagem da nossa ressurreição individual.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, a mão do Senhor pairou sobre mim e o Senhor levou-me pelo seu espírito e colocou-me no meio de um vale que estava coberto de ossos. Fez-me andar à volta deles em todos os sentidos: os ossos eram em grande número, na superfície do vale, e estavam completamente ressequidos. Disse-me o Senhor: «Filho do homem, poderão reviver estes ossos?». Eu respondi: «Senhor Deus, Vós o sabeis». Disse-me então: «Profetiza acerca destes ossos e diz-lhes: Ossos ressequidos, escutai a palavra do Senhor. Eis o que diz o Senhor Deus a estes ossos: Vou introduzir em vós o espírito e revivereis. Hei de cobrir-vos de nervos, encher-vos de carne e revestir-vos de pele. Infundirei em vós o espírito e revivereis. Então sabereis que Eu sou o Senhor». Eu profetizei, segundo a ordem recebida. Quando eu estava a profetizar, ouvi um rumor e vi um movimento entre os ossos que se aproximavam uns dos outros. Vi que se tinham coberto de nervos, que a carne crescera e a pele os revestia; mas não havia espírito neles. Disse-me o Senhor: «Profetiza ao espírito, profetiza, filho do homem, e diz ao espírito: Eis o que diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e sopra sobre estes mortos, para que tornem a viver». Eu profetizei, como o Senhor me ordenara, e o espírito entrou naqueles mortos; eles voltaram à vida e puseram-se de pé: era um exército muito numeroso. Então o Senhor disse-me: «Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eles afirmaram: ‘Os nossos ossos estão ressequidos, desvaneceu-se a nossa esperança, estamos perdidos’. Por isso, profetiza e diz-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Abrirei os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel. Haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, meu povo. Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
Palavra do Senhor.
Ou Joel 3, 1-5 (2, 28-32)
«Sobre os meus servos e servas derramarei o meu espírito»
No Antigo Testamento, o Espírito de Deus era apenas comunicado a alguns homens, em vista duma missão particular. O profeta, porém, entrevê tempos, em que Ele será dado a todos.
No discurso à multidão, no dia do Pentecostes, Pedro afirmará que, precisamente nesse dia se cumpria esta profecia (Act. 2, 17). Nesse dia, com efeito, Deus derramou o Seu Espírito, sobre o Seu novo Povo e todos nos tornámos profetas, isto é, testemunhas e arautos das maravilhas de Deus.
Leitura da Profecia de Joel
Eis o que diz o Senhor: «Derramarei o meu espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos e os vossos jovens terão visões; também sobre os meus servos e servas derramarei, naqueles dias, o meu espírito. Realizarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua em sangue, antes de vir o dia do Senhor, dia grande e terrível. Mas todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte de Sião e em Jerusalém estará, como o Senhor disse, o resto dos que forem salvos; e entre os sobreviventes estarão aqueles que o Senhor tiver chamado».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.24.35c.27-28.29bc-30 (R. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra. Repete-se
Ou: Mandai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto. Refrão
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas!
Bendiz, ó minha alma, o Senhor. Refrão
Todos de Vós esperam
que lhes deis de comer a seu tempo.
Dais-lhes o alimento e eles o recolhem,
abris a mão e enchem-se de bens. Refrão
Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. Refrão
LEITURA II Rom 8, 22-27
«O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis»
Possuindo o Espírito Santo, possuímos já a esperança de uma vida plena, pois Aquele que ressuscitou Jesus dará também vida aos nossos corpos mortais, pelo Espírito Santo (Rm. 8, 11). Na verdade, o Espírito Santo faz brotar em nós a fonte de vida, que jorra para a eternidade. Robustecendo as nossas débeis forças e mantendo viva a nossa esperança, pela sua contínua intercessão, alcança-nos de Deus as sementes da vida imortal.
Mas não é apenas o homem que possui, pelo Espírito Santo, este germe de vida imortal. Também a criação será renovada. Embora não saibamos como se processará essa transformação, sabemos, contudo que, com a Aliança definitiva, a restauração ficou a abranger toda a criação. Por isso o cristão, ao trabalhar, com a ajuda do Espírito Santo, pela transformação do mundo, está a contribuir para a realização do plano divino da restauração de todas as coisas.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nós sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo. É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê? Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança. Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E Aquele que vê no íntimo dos corações conhece as aspirações do Espírito, pois é em conformidade com Deus que o Espírito intercede pelos cristãos.
Palavra do Senhor.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor. Refrão
EVANGELHO Jo 7, 37-39
«Correrão rios de água viva»
Por ocasião da festa dos tabernáculos, no decorrer da qual os judeus, num rito carregado de simbolismo, aspergiam o altar, com água tirada da fonte de Siloé para implorarem a fecundidade dos tempos messiânicos (Is. 12, 3) e para recordarem a água que brotara do rochedo do Horeb, no deserto, Jesus proclama que Ele é a rocha viva, donde jorra a água do Espírito Santo.
Seguindo tão solene afirmação, a Igreja não será, pois, um deserto árido ou um corpo sem alma. Em virtude da presença do Espírito Santo, princípio de vida e fonte de esperança, a Igreja transbordará sempre de vida e irradiará sempre juventude, de modo que os homens de todos tempos nela poderão matar a sua sede de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No último dia, o mais solene da festa, Jesus estava de pé e exclamou: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba: do coração daquele que acredita em Mim correrão rios de água viva para a vida eterna». Referia-se ao Espírito que haviam de receber os que acreditassem n’Ele. O Espírito ainda não viera, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Palavra da salvação.
Santo
São João I, papa e mártir
Martirológio
São João I, papa e mártir, que, enviado pelo rei ariano Teodorico ao imperador Justino de Constantinopla, foi o primeiro Pontífice Romano a celebrar o sacrifício pascal naquela Igreja; no regresso de Constantinopla, foi recebido indignamente pelo mesmo Teodorico e metido no cárcere, morrendo em Ravena, na Emília-Romanha, como vítima de Cristo Senhor. |
2. Em Salona, na Dalmácia, na hodierna Croácia, São Félix, mártir durante a perseguição do imperador Diocleciano. |
3. No Egipto, São Dióscoro, mártir, filho de um leitor, que, depois de muitos e diversos tormentos, foi decapitado e assim consumou o martírio. |
4. Em Alexandria, também no Egipto, os santos Potamião, Ortásio, Serapião, presbíteros, e seus companheiros, mártires. |
5. Em Ancira, na Galácia, hoje Ancara, na Turquia, os santos mártires Teódoto e Tecusa, sua tia paterna, Alexandra, Cláudia, Faína, Eufrásia, Matrona e Julieta, virgens; estas últimas, depois de terem sido constrangidas pelo governador à prostituição, foram imersas numa lagoa com pedras atadas ao pescoço. |
6*. Em território da Argóvia, na Helvécia, hoje na Suíça, o Beato Burcardo, presbítero, que foi pároco de Benwil e orientou com grande solicitude pastoral o povo que lhe estava confiado. |
7. Em Upsala, na Suécia, Santo Erico IX, rei e mártir, que durante o seu reinado dirigiu sabiamente o povo, defendeu os direitos das mulheres e enviou à Finlândia o bispo Santo Henrique para propagar a fé cristã; mas, finalmente, quando participava na celebração da Missa, caiu apunhalado pelos inimigos. |
8*. Em Toulouse, junto ao rio Garona, na França, o Beato Guilherme, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. |
9. Em Roma, São Félix de Cantalício, religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, dotado de admirável austeridade e simplicidade, que, durante quarenta anos, exerceu o ofício de esmoler e irradiava sempre à sua volta a paz e a caridade. |
10*. Em Mergentheim, na Alemanha, a Beata Blandina do Sagrado Coração (Maria Madalena Merten), virgem da Ordem de Santa Úrsula, que associou sabiamente com a vida contemplativa o cuidado da formação humana e cristã das jovens e das adolescentes. |
11*. No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Estanislau Kubista, presbítero e mártir, que, em tempo da guerra, intoxicado nas câmaras de gás mortífero, morreu por Cristo. |
12*. Em Hartheim, localidade próxima de Linz, na Áustria, o Beato Martinho Oprzadek, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, natural da Polónia, que no mesmo tempo e do mesmo modo alcançou o reino celeste. |