Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-08-16

SEXTA-FEIRA da semana XIX

S. Estêvão da Hungria – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.

L 1 Ez 16, 1-15. 60. 63 ou Ez 16, 59-63; Sl Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6
Ev Mt 19, 3-12

* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Sacrário de S. Luís Gonzaga, virgem e mártir – MF
* Na Ordem da Imaculada Conceição – I Vésp. de S. Beatriz da Silva.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.

Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
a quem o Espírito Santo nos ensina
a chamar confiadamente nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I (anos pares) Ez 16, 1-15.60.63
«Confiaste na tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, para te prostituires»

Propõem-se hoje duas passagens para a primeira leitura, dado o realismo, um tanto cru, da primeira. Em ambas, porém, se faz um apelo ao regresso à fidelidade à aliança que Deus estabeleceu com o seu povo. De origem tão pobre e humilde, Deus faz do seu povo o mais querido para Ele, enriquecido de todos os dons e graças, que só o recordá-lo é um apelo ao regresso e à conversão. Deus ama; em vez de castigar lembra os seus dons, para que essa recordação, além de ser causa de vergonha e humilhação, seja convite ao regresso à fidelidade à aliança, que Deus nunca quebrará.

Leitura da Profecia de Ezequiel
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, mostra a Jerusalém as suas ações abomináveis e diz-lhe: Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: Pela tua origem e nascimento, és da terra de Canaã. O teu pai era amorreu e a tua mãe hitita. Quando nasceste, no dia em que vieste ao mundo, não te cortaram o cordão, nem te banharam para seres purificada; não te fizeram as fricções de sal, nem te envolveram em panos. Ninguém lançou sobre ti um olhar compassivo; ninguém te prestou esses cuidados, nem teve pena de ti. No dia em que nasceste, foste deixada no meio do campo, pela repugnância que inspiravas. Quando passei junto de ti, vi que te revolvias no teu sangue. E, vendo-te ensanguentada, Eu disse-te: ‘Quero que vivas’; e fiz-te crescer como a erva dos campos. Cresceste, ganhaste corpo e chegaste à idade florida. Formaram-se os teus seios, cresceram os teus cabelos, mas estavas nua. Passei de novo junto de ti e vi que tinhas chegado à idade dos amores. Estendi sobre ti a aba do meu manto e escondi a tua nudez. Fiz então um juramento e estabeleci uma aliança contigo, – diz o Senhor Deus – e ficaste a pertencer-Me. Lavei-te com água, limpei-te do sangue que te cobria e ungi-te com óleo. Vesti-te com roupas bordadas, calcei-te sandálias de fino cabedal, dei-te uma faixa de linho e um manto de seda. Adornei-te com jóias, coloquei braceletes nos teus pulsos e um colar ao teu pescoço. Pus-te um anel no nariz, brincos nas orelhas e um precioso diadema na cabeça. Tinhas adornos de ouro e de prata, os teus vestidos eram de linho fino, de seda e tecidos bordados, e o teu alimento era a flor da farinha, mel e azeite. Tornaste-te cada vez mais bela e chegaste a ser rainha. A tua fama divulgou-se entre as nações, por causa da tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, – diz o Senhor Deus –. Mas tu confiaste na tua beleza e aproveitaste a tua fama para te prostituires com todos os que passavam. Eu, porém, lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».
Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:


LEITURA I (anos pares) Ez 16, 59-63
«Lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo
e tu sentirás vergonha»

Leitura da Profecia de Ezequiel
Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: «Procederei contigo como tu procedeste, pois faltaste ao juramento e quebraste a aliança. Mas lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna. Tu recordarás o teu comportamento e sentirás vergonha, quando Eu te der como filhas as tuas irmãs, as mais velhas e as mais novas do que tu, mas não em virtude da tua aliança. Porque Eu restabelecerei a minha aliança contigo e então reconhecerás que Eu sou o Senhor, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 1c)
Refrão: Passou a vossa ira e Vós me consolastes, Senhor. Repete-se

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação. Refrão

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão


ALELUIA cf. 1 Tes 2, 13
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Escutai o que diz o Senhor,
não como palavra dos homens,
mas como palavra de Deus. Refrão


EVANGELHO Mt 19, 3-12
«Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim»

Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus, e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?». Jesus respondeu: «Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher e disse: ‘Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne?’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Eles objectaram: «Porque ordenou então Moisés que se desse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher?». Jesus respondeu-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim. E Eu digo-vos: Quem repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, e casar com outra, comete adultério». Disseram-Lhe os discípulos: Se é esta a situação do homem em relação à mulher, não é conveniente casar-se». Jesus respondeu-lhes: «Nem todos compreendem esta linguagem, senão aquele a quem é concedido. Na verdade, há eunucos que nasceram assim do seio materno, outros que foram feitos pelos homens e outros que se tornaram eunucos por causa do reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor, que te saciou com a flor da farinha.

Ou: Cf. Jo 6, 51
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.

Oração depois da comunhão
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão nos vossos sacramentos nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

Santo Estêvão da Hungria

 

 

Martirológio

Santo Estêvão, rei da Hungria, que, renascido pelo Baptismo e tendo recebido do papa Silvestre II a coroa do reino, impulsionou a propagação da fé cristã entre os Húngaros, organizou a Igreja no seu reino e dotou-a de bens e mosteiros, foi justo e pacífico no governo dos seus súbditos, até que, em Alba Regia, hoje Szekesfehérvar, no dia da Assunção, a sua alma subiu ao Céu.

 

2.   Comemoração de Santo Arsácio, que, no tempo do imperador Licínio, professou a fé cristã e, deixando a vida militar, se retirou para a solidão em Nicomédia; finalmente, vaticinando a iminente destruição da cidade, enquanto orava entregou o seu espírito a Deus.

3.   Em Sion, no território de Valais, na Helvécia, hoje na Suíça, São Teodoro, primeiro bispo desta cidade, que, seguindo o exemplo de Santo Ambrósio, defendeu a fé católica contra os arianos e recebeu com honras solenes as relíquias dos mártires de Agauno.

4*.   Na Bretanha Menor, na hodierna França, Santo Armagilo, eremita.

5*.   No território de Le Mans, na Gália, hoje também na França, São Frambaldo, monge, que seguiu ora a vida solitária ora a vida cenobítica.

6*.   Na floresta de Rennes, na Bretanha Menor, também na França, o Beato Rodolfo de la Fustaie, presbítero, fundador do mosteiro de São Sulpício.

7*.   Em Subiaco, no Lácio, região da Itália, o Beato Lourenço, chamado Lorigado, que, tendo matado um homem acidentalmente, decidiu expiar a sua pena com extrema austeridade e penitência, vivendo solitariamente na caverna de um monte.

8.   Na Lombardia, também na Itália, São Roque, que, nascido em Montpellier, no Languedoc, região da França, adquiriu fama de santidade com a sua piedosa peregrinação através da Itália, cuidando os afectados pela peste.

9*.   Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Ângelo Agostinho Mazzinghi, presbítero da Ordem dos Carmelitas.

10♦.   Em Hagi, no Japão, o Beato Melchior Kumagai Motonao, pai de família e mártir.

11*.   Em Kioto, no Japão, o Beato João de Santa Marta, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, enquanto ia conduzido ao suplício, pregava ao povo e cantava o salmo “Laudate Dóminum, omnes gentes” (Louvai o Senhor, todas as nações).

12*.   Em Kokura, também no Japão, os beatos mártires Simão Bokusai Kyota, catequista, e Madalena Bokusai Kyota, esposos, Tomé Gengoro e Maria, também esposos, e Tiago seu filho, ainda criança, que, por ordem do governador Yetsundo, foram todos crucificados de cabeça para baixo em ódio ao nome de Cristo.

13*.   Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Baptista Ménestrel, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi condenado à galera por causa do seu sacerdócio e, infectado por chagas putrefactas, consumou o seu martírio.

14.   Em Fanjiazhuang, povoação próxima de Wujiao, no Hebei, província da China, Santa Rosa Fan Hui, virgem e mártir, que, na perseguição desencadeada pelos sequazes da seita dos “Yihetuan”, espancada e cheia de feridas, foi lançada ao rio ainda com vida.

15*.   Em Barcelona, na Espanha, a Beata Petra de São José (Ana Josefa Pérez Florido), virgem, que se dedicou diligentemente à assistência dos anciãos abandonados e fundou a Congregação das Irmãs Mães dos Desamparados.

16*.   Em Dénia, na província de Alicante, também na Espanha, o Beato Plácido Garcia Gilaber, religioso da Ordem dos Frades Menores e mártir, que consumou egregiamente o seu combate por Cristo.

17*.   Em Benicassim, localidade próxima de Castellón, também na Espanha, o Beato Henrique Garcia Beltran, diácono da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que pelo martírio se tornou participante na vitória de Cristo.

18*.   Em Picassent, localidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Gabriel María de Benifayó (José Maria Sanchis Mompó), religioso da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores, que, oprimido pela violência dos inimigos da Igreja, foi ao encontro do Senhor.

19♦.   Em Pozoblanco, perto de Córdova, também na Espanha, o Beato António Rodríguez Blanco, presbítero da diocese de Córdova e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé.

20♦.   Em Fuente el Fresno, localidade da província de Ciudad Real, também na Espanha, os beatos mártires Vítor Chumillas Fernández, presbítero, e dezanove companheiros[1] da Ordem dos Frades Menores, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foram conduzidos à glória celeste.

 


[1]  São estes os seus nomes: Martinho Lozano Tello, Julião Navio Colado, Domingos Alonso de Frutos, Benigno Prieto del Pozo, Ângelo Hernández-Ranera de Diego, presbíteros; Vicente Majadas Málaga, Valentim Díez Serna, Tiago Maté Calzada, Saturnino Rio Rojo, Raimundo Tejado Librado, Marcelino Ovejero Gómez, José de Vega Pedraza, José Álvarez Rodríguez, Frederico Herrera Bermejo, Félix Maroto Moreno, António Rodrigo Antón, André Majadas Málaga, Anastásio González Rodríguez, Afonso Sánchez Hernández-Ranera, religiosos.