Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-09-22

DOMINGO XXV DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
† Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Sb 2, 12. 17-20; Sl 53 (54), 3-4. 5. 6 e 8
L 2 Tg 3, 16 – 4, 3
Ev Mc 9, 30-37

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Ano B

Missa

 

Antífona de entrada
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Sab 2, 12.17-20
«Condenemo-lo à morte infamante»

Esta leitura descreve, em primeiro lugar, a atitude dos judeus influenciados pelas civilizações dos outros povos que lhes iam fazendo perder a fé na lei de Deus, transmitida pelos seus antepassados. Esses pagãos experimentam-nos, perseguindo-os e maltratando-os. O mistério da Cruz virá demonstrar que os sofrimentos dos homens, assumidos por Jesus, não serão uma derrota que põe fim a tudo, mas caminho de libertação e glória, porque Deus está com o justo. O justo por excelência é Jesus Cristo.

Leitura do Livro da Sabedoria
Disseram os ímpios: «Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras; censura-nos as transgressões à lei e repreende-nos as faltas de educação. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras, observemos como é a sua morte. Porque, se o justo é filho de Deus, Deus o protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência. Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 53 (54), 3-4.5.6.8 (R. 6b)
Refrão: O Senhor sustenta a minha vida. Repete-se

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,
pelo vosso poder fazei-me justiça.
Senhor, ouvi a minha oração,
atendei às palavras da minha boca. Refrão

Levantaram-se contra mim os arrogantes
e os violentos atentaram contra a minha vida.
Não têm a Deus na sua presença. Refrão

Deus vem em meu auxílio,
o Senhor sustenta a minha vida.
De bom grado oferecerei sacrifícios,
cantarei a glória do vosso nome, Senhor. Refrão


LEITURA II Tg 3, 16 – 4, 3
«O fruto da justiça semeia-se na paz
para aqueles que praticam a paz»

A má convivência entre os homens procede sempre da atitude interior, egoísta, menos reta, viciada, própria de uma natureza deixada a si mesma, onde a sabedoria de Deus não lançou a sua luz e a sua paz. Porque a natureza não pode dar esta sabedoria, é necessário pedi-la a Deus, que a dará abundantemente a quem Lha pedir.

Leitura da Epístola de São Tiago
Caríssimos: Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más ações. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz. De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre vós? Não é precisamente das paixões que lutam nos vossos membros? Cobiçais e nada conseguis: então assassinais. Sois invejosos e não podeis obter nada: então entrais em conflitos e guerras. Nada tendes, porque nada pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, pois o que pedis é para satisfazer as vossas paixões.
Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. 2 Tes 2, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus chamou-nos por meio do Evangelho,
para alcançarmos a glória
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Refrão


EVANGELHO Mc 9, 30-37
«O Filho do homem vai ser entregue...
Quem quiser ser o primeiro será o servo de todos»

A leitura da hoje continua a do domingo anterior: Jesus quer fazer compreender aos seus o sentido da sua Paixão e o sentido da vida cristã em geral, que não é a procura de grandezas, mas o serviço de Deus e dos homens segundo os caminhos de Deus: os da humildade e simplicidade.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja,
para que receba nestes santos mistérios
os bens em que pela fé acredita.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 118, 4-5
Promulgastes, Senhor, os vossos preceitos para se cumprirem fielmente.
Fazei que os meus passos sejam firmes
na observância dos vossos mandamentos.

Ou: Cf. Jo 10, 14
Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me.

Oração depois da comunhão
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça,
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação,
que recebemos neste sacramento,
se manifestem em toda a nossa vida.

 

 

Martirológio

1.   Em Roma, no cemitério de Comodila, junto à Via Ostiense, a comemoração de Santa Emérita, mártir.

2.   Em Agaune, no território de Valais, na Helvécia, hoje Saint-Maurice, na Suíça, os santos mártires Maurício, Exupério e Cândido, soldados, os quais, como narra Santo Euquério de Lião, juntamente com os companheiros da Legião Tebana e o veterano Vítor, mortos por Cristo no tempo do imperador Maximiano, honraram a Igreja com a sua gloriosa paixão.

3.   Em Roma, junto à Via Salária Antiga, o sepultamento de Santa Basila, mártir, no tempo dos imperadores Diocleciano e Maximiano.

4.   Em Levroux, localidade do território de Bourges, na Aquitânia, actualmente na França, São Silvano, eremita.

5.   No monte Glonna, junto ao rio Loire, no território de Poitiers, na Gália, também na actual França, São Florêncio, presbítero.

6.   No território de Coutances, também na hodierna França, São Lauto ou Laudo, bispo.

7.   Em Laon, na Nêustria, também na actual França, Santa Salaberga, abadessa, que, segundo se narra, foi curada da cegueira e conduzida ao serviço de Deus por São Columbano.

8.   Em Ratisbona, cidade da Baviera, na Alemanha, Santo Emeramo, bispo, que sofreu o martírio pela fé em Cristo.

9*.   No mosteiro cisterciense de Morimond, na França, o passamento do Beato Otão, bispo de Freising, que morreu com o hábito monástico, que nunca deixou durante o episcopado.

10.          Em Turim, no Piemonte, região da Itália, Santo Inácio de Santhiá (Lourenço Maurício Belvisótti), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, muito assíduo na audição de confissões e na assistência aos enfermos.

11*.   Ao largo de Rochefort, na França, o Beato José Marchandon, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, por causa do seu sacerdócio foi encarcerado numa sórdida galera, onde morreu consumido pela fome e as enfermidades e foi ao encontro do Pai.

12.   Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos Paulo Chong Ha-sang e Agostinho Yu Chin-gil, mártires: o primeiro dirigiu durante vinte anos, em tempo de perseguição, a primeira comunidade cristã; o segundo escreveu cartas ao papa Gregório XVI pedindo-lhe presbíteros para a Coreia; ambos catequistas, depois de submetidos aos mais duros suplícios, foram degolados por causa da sua fé.

13*.   Em Monserrat, na província de Valência, na Espanha, o Beato Carlos Navarro Miguel, presbítero da Ordem dos Clérigos das Escolas Pias e mártir, que, durante a perseguição contra os religiosos, foi coroado com nobre martírio.

14*.   No mesmo lugar, o Beato Germano Gonçalvo Andréu, presbítero e mártir, que, durante a mesma perseguição, foi coroado com o testemunho glorioso de Cristo.

15*.   Em Alcira, também na província de Valência, os beatos mártires Vicente Pelufo Corts, presbítero, e Josefina Moscardó Montalvá, virgem, que, durante a mesma perseguição contra a fé cristã, mereceram chegar à presença de Deus omnipotente com a palma da vitória.

16*.   Em Bolbaite, também na província de Valência, o Beato Vicente Sicluna Hernández, presbítero e mártir, que foi morto na mesma perseguição religiosa.

17*.   Em Corbera, localidade próxima de Valência, também na Espanha, a Beata Maria da Purificação Vidal Pastor, virgem e mártir, que mereceu associar-se às núpcias eternas com seu Esposo, Jesus Cristo.

18♦.   Em Madrid, também na Espanha, os beatos Estêvão Cobo Sanz e Frederico Cobo Sanz, religiosos da Sociedade Salesiana e mártires na mesma perseguição contra a fé cristã.

19♦.   Em Azuaga, perto de Badajoz, também na Espanha, os beatos Félix Echevarría Gorostiaga, presbítero da Ordem dos Frades Menores e companheiros[1] mártires, que, na mesma perseguição, em virtude da sua intrépida fidelidade receberam do Senhor a recompensa eterna.

                              

 


[1]  São estes os seus nomes: António (Ruperto Sáez de Ibarra López), Francisco Jesus (Francisco Carlés González), Luís Echevarría Gorostiaga, presbíteros; Miguel (Leão Zarragúa Iturrízaga) e Simão Miguel Rodríguez, religiosos, todos da mesma Ordem dos Frades Menores.