Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-09-03

TERÇA-FEIRA da semana XXII

S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1Cor 2, 10b-16; Sl 144 (145), 8-9. 10-11. 12-13ab. 13cd-14
Ev Lc 4, 31-37

* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Neto Quintas (2000).
No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da entrada solene de D. Rui Manuel Sousa Valério, Patriarca (2018).
* Na Ordem Beneditina – S. Gregório Magno – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – I Vésp. da Virgem santa Maria da Consolação.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor, que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.

Oração coleta
Deus todo-poderoso,
de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I (anos pares) 1 Cor 2, 10b-16
«O homem natural não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus;
o homem espiritual julga todas as coisas»

Compreensão das coisas de Deus, só a pode ter quem tiver o Espírito de Deus; e não lhe bastam as luzes dos conhecimentos naturais, comuns a qualquer homem. Só o Espírito de Deus conhece as profundidades de Deus. O cristão será por isso guiado pelo Espírito de Deus, sob pena de não viver cristãmente a sua vida cristã.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: O Espírito Santo conhece todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus. Na verdade, quem sabe o que há no homem senão o espírito humano que nele se encontra? Assim também, ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus. Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons da graça de Deus. Para falarmos desses dons, não usamos a linguagem ensinada pela sabedoria humana, mas a linguagem que o Espírito de Deus nos ensina, exprimindo em termos espirituais as realidades espirituais. O homem natural não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois são loucura para ele. Não pode entendê-las, porque só podem ser julgadas com critério espiritual. Mas o homem espiritual julga todas as coisas, enquanto ele próprio não é julgado por ninguém. Na verdade, quem conheceu o pensamento do Senhor, para que O possa instruir? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 8-9.10-11.12-13ab.13cd-14 (R. 17a)
Refrão: O Senhor é justo em todos os seus caminhos. Repete-se

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Refrão

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos; Refrão

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações. Refrão

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos. Refrão


ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu no meio de nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão


EVANGELHO Lc 4, 31-37
«Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus»

De Nazaré, Jesus desce até Cafarnaum, na beira do lago. Mais tarde será aí a sua cidade habitual. Ao sábado, lá está na celebração da Palavra na sinagoga e ensina o povo, que se encanta com as suas palavras e o seu poder revelado na cura do possesso. Palavras e ações, tudo são palavras da Palavra, que é o Verbo, o Filho de Deus, que o Pai envia ao mundo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 30, 20
Como é grande, Senhor, a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou: Mt 5, 9-10
Felizes os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja

 

 

Martirológio

Memória de São Gregório Magno, papa e doutor da Igreja. Depois de ter entrado na vida monástica, exerceu a missão de legado pontifício a Constantinopla e foi eleito neste dia para a Sede Romana; exerceu a missão de conciliador em assuntos temporais e atendeu como servo dos servos às suas funções sagradas. Procedeu como bom pastor no governo da Igreja, no cuidado dos pobres, na promoção da vida monástica e especialmente na consolidação e propagação da fé em toda a parte; escreveu muitas obras excelentes sobre teologia moral e teologia pastoral. Morreu no dia doze de Março.

 

2.   Comemoração de Santa Febe, serva do Senhor entre os fiéis de Cêncreas, na actual Grécia, que auxiliou muito São Paulo, como ele confirma na Epístola aos Romanos.

3.   Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Basilissa, virgem e mártir.

4.   Em Córdova, na Hispânia Bética, São Sandálio, mártir.

5.   Em Toul, na Gália Bélgica, actualmente na França, São Mansueto, primeiro bispo desta cidade.

6.   No monte Titano, próximo de Rímini, no território que hoje na península itálica tem o seu nome, São Marino, diácono e anacoreta, que, segundo consta, conduziu o povo ainda pagão à luz do Evangelho e à liberdade de Cristo.

7*.   Na Irlanda, São Macanísio, bispo.

8.   Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Auxano, bispo. 

9*.   Em Montesárquio, na Campânia, também na Itália, São Vitaliano, bispo.

10*.   No mosteiro de Stavelot, no Brabante, actualmente na Bélgica, São Rimágilo, bispo e abade, que, depois de ter vivido no mosteiro de Solignac, fundou os mosteiros de Stavelot e de Malmedy, no ermo da floresta das Ardenas.

11.   Na ilha de Lérins, na Provença, actualmente na França, Santo Aigulfo, abade, e companheiros monges, que, segundo a tradição, sofreram o martírio numa incursão dos Sarracenos.

12*.   Em Séez, na Nêustria, também na actual França, São Crodogango ou Crodegango, bispo e mártir.

13*.   No território de Astino, na Lombardia, região da Itália, o Beato Guala, bispo de Bréscia, da Ordem dos Pregadores, que, no tempo do imperador Frederico II, trabalhou com muito empenho e prudência pela paz da Igreja e da sociedade civil e finalmente foi condenado ao exílio.

14*.   Em Nagasáki, no Japão, os beatos Bartolomeu Gutiérrez, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e cinco companheiros[1], mártires, que, em ódio à fé cristã, foram imersos em águas sulfúrias a ferver e depois lançados ao fogo.

 


[1]  São estes os seus nomes: presbíteros Vicente Carvalho e Francisco Torres, da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho; António Ishida, da Companhia de Jesus; Jerónimo Jo; Gabriel da Madalena, religioso da Ordem dos Frades Menores.

 

15*.   Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Brígida de Jesus Morello, que, ficando viúva, se consagrou ao Senhor, dedicando-se à penitência e a muitas obras de caridade e, para a formação cristã da juventude feminina, fundou a Congregação das Irmãs Ursulinas de Maria Imaculada.

16*.   Em Paris, na França, a paixão dos beatos André Abel Alricy, presbítero, e setenta e um companheiros[2], mártires, entre os quais muitos presbíteros, que, depois da chacina do dia anterior, foram recluídos no Seminário de São Firmino e por fim assassinados em ódio à Igreja.

 


[2]  São estes os seus nomes: Renato Maria Andrieu, Pedro Paulo Balzac, João Francisco Maria Benoit ou Vourlat, Miguel André Silvestre Binard, Nicolau Bize, Pedro Bonzé, Pedro Briquet, Pedro Brisse, Carlos Carnus, Beltrão António de Caupenne, Tiago Dufour, Dinis Cláudio Duval, José Falcoz, Gilberto João Fautrel, Filiberto Fougère, Pedro João Garrigues, Nicolau Gaudreau, Estêvão Miguel Gillet, Jorge Jerónimo Giroust, José Maria Gros, Pedro Guérin du Rocher, Roberto Francisco Guérin du Rocher, Ivo André Guillon de Keranrun, Julião Francisco Hédouin, Pedro Francisco Hénocq, Elísio Herque ou du Roule, Pedro Luís Joret, Tiago de la Lande, Gil Luís Sinforiano Lanchon, Luís João Mateus Lanier, João José de Lavèse-Belay, Miguel Leber, Pedro Florêncio Leclercq, João Carlos Legrand, João Pedro le Laisant, Julião le Laisant, João Lemaître, João Tomás Leroy, Martinho Francisco Aleixo Loublier, Cláudio Luís Marmotant de Savigny, Cláudio Silvano Mayneau de Bizefranc, Henrique João Millet, Francisco José Monnier, Maria Francisco Mouffle, José Luís Oviefre, João Miguel Philippot, Tiago Rabé, Pedro Roberto Régnet, Ivo João Pedro Rey de Kervizic, Nicolau Cláudio Roussel, Pedro Saint-James, Tiago Luís Schmid, João António Seconds, Pedro Tiago de Turménies, Renato José Urvoy, Nicolau Maria Verron, Carlos Vítor Véret, todos presbíteros; e ainda João Carlos Maria Bernard du Cornillet, cónego da abadia de São Vítor de Paris; João Francisco Bonnel de Pradel e Cláudio Pons, cónegos da abadia de Santa Genoveva de Paris; João Carlos Caron, Nicolau Colin, Luís José François e João Henrique Gruyer, da Congregação da Missão; Cláudio Bochot e Eustáquio Félix, da Congregação dos Padres da Doutrina Cristã; Cosme (João Pedro Duval), da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; Pedro Cláudio Pottier, da Sociedade de Jesus e Maria; e Sebastião Desbrielles, Mestre escola de Paris, Luís Francisco Rigot e João António José de Villette.

 

17*.   Também em Paris, no mesmo dia e ano, os beatos mártires João Baptista Bottex, Miguel Maria Francisco de la Gardette e Francisco Jacinto le Livec de Trésurin, que, durante a mesma perseguição, morreram por Cristo no cárcere “La Force”.

18.   Em Seul, na Coreia, a paixão dos santos João Pak Hu-jae e cinco companheiras[3], mártires, que, levados ao tribunal por serem cristãos, suportaram cruéis suplícios e por fim foram degolados.

 


[3]  São estes os seus nomes: Maria Pak Kin-a-gi Hui-sun, irmã de Santa Lúcia Pak Hui-sun; Bárbara Kwon-hui, irmã de Santo Agostinho Yi Kwang-hon; Bárbara Yi Chong-hui; Maria Yi Yon-hui, esposa de São Damião Nam Myong-hyog; Inês Kim Hyo-ju.