Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-02-12
Quarta-feira da semana V
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Gn 2, 4b-9. 15-17; Sl 103 (104), 1-2a. 27-28. 29bc-30
Ev Mc 7, 14-23
* Na Arquidiocese de Braga – Aniversário da tomada de posse de D. José Manuel Garcia Cordeiro.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Gilberto Délio Gonçalves Canavarro dos Reis, Bispo Emérito de Setúbal (1989).
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Umbelina, irmã de S. Bernardo, monja – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – B. José Olallo Valdês, religioso – MO
Missa
Antífona de entrada Sl 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.
Oração coleta
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos ímpares) Gn 2, 4b-9.15-17
«O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden»
Apresenta-se aqui a criação do homem, sem referência à criação do mundo. É uma narrativa de origem diferente da lida no dia anterior. Deus é representado como o oleiro que modela o barro e depois lhe dá a vida. O homem deve agora reconhecer Deus como sua origem, seu Criador. O fruto proibido é outra maneira poética de apresentar a soberania de Deus e a faculdade de decisão de que o homem deve usar para se conduzir, reconhecendo a sua situação em relação a Deus. E não há outra maneira de ele se realizar.
Leitura do Livro do Génesis
Quando o Senhor Deus fez a terra e o céu, ainda não havia na terra nenhuma planta dos campos, nem germinara ainda nenhuma erva da planície, porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem existia o homem para cultivar o solo. Entretanto, um manancial de água subia da terra e regava toda a superficie do solo. Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra, insuflou nele um sopro de vida e o homem tornou-se um ser vivo. O Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente, e nele colocou o homem que tinha formado. O Senhor Deus fez nascer da terra toda a espécie de árvores, de frutos agradáveis à vista e bons para comer, entre as quais a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal. O Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para o cultivar e guardar. O Senhor Deus deu ao homem este mandamento: «Podes comer fruto de todas as árvores do jardim, mas não comerás da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que dela comeres, terás de morrer».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.27-28.29bc-30 (R. 1a)
Refrão: Bendiz, ó minha alma, o Senhor. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto. Refrão
Todos de Vós esperam
que lhes deis de comer a seu tempo.
Dais-lhes o alimento e eles o recolhem,
abris a mão e enchem-se de bens. Refrão
Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
consagrai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Mc 7, 14-23
«O que sai do homem é que o torna impuro»
A fonte de todo o bem ou de todo o mal que o homem vier a praticar está no seu coração. Com as palavras que hoje ouvimos proclamar quer o Senhor fazer-nos compreender que é a atitude do coração que dá o verdadeiro sentido a todas as ações dos homens. Por isso, é o coração que, antes de mais, deve ser purificado. De facto, o coração é o que há de mais astucioso e perverso (Jer 17,9); mas Deus é maior do que o nosso coração (1 Jo 3, 20).
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus chamou de novo para junto de Si a multidão e disse-lhes: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando Jesus, ao deixar a multidão, entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe o sentido da parábola. Ele respondeu-lhes: «Vós também não entendestes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não pode torná-lo impuro, porque não entra no coração, mas no ventre, e depois vai parar à fossa?». Assim, Jesus declarava puros todos os alimentos. E continuou: «O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior dos homens é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona da comunhão Sl 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
Ou: Mt 5, 5-6
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Cristo nosso Senhor.
Martirológio
1. Em Cartago, na actual Tunísia, a comemoração dos santos mártires de Abitínia[1], que, na perseguição do imperador Diocleciano, tendo-se reunido como habitualmente para celebrar a assembleia dominical, contra o interdito imperial, foram presos pelos magistrados da colónia e pelo presídio militar; conduzidos para Cartago e interrogados pelo procônsul Anulino, apesar dos tormentos, todos confessaram ser cristãos, declarando que não podiam deixar de celebrar o sacrifício do Senhor; por isso, em diversos lugares e tempos derramaram o seu bem-aventurado sangue. [1] São estes os seus nomes: Saturnino, presbítero, com quatro filhos, a saber, Saturnino jovem e Félix, leitores, Maria e Hilarião, criança; Dativo ou Sanador, que era senador, Félix; outro Félix, Emérito e Ampélio, leitores; Rogaciano, Quinto, Maximiano ou Máximo, Télica ou Tazélita, outro Rogaciano, Rogato, Januário, Cassiano, Vitoriano, Vicente, Ceciliano, Restituta, Prima, Eva, ainda outro Rogaciano, Giválio, Rogato, Pompónia, Secunda, Januária, Saturnina, Martinho, Clauto, Félix jovem, Margarida, Maior, Honorata, Regíola, Vitorino, Pelúsio, Fausto, Daciano, Matrona, Cecília, Vitória, virgem de Cartago, Beretina, Secunda, Matrona, Januária. |
2. Comemoração de São Melécio, bispo de Antioquia, hoje na Turquia, que foi exilado várias vezes por defender a fé nicena; e depois, quando presidia ao Concílio Ecuménico de Constantinopla I, partiu deste mundo ao encontro Senhor. São Gregório de Nissa e São João Crisóstomo celebraram-no com grandes louvores. |
3. Em Kornelimünster, na Germânia, actualmente na Alemanha, o passamento de São Bento, abade de Aniane, que propagou a Regra de São Bento, compôs um Consuetudinário para uso dos monges e se dedicou com grande empenho à renovação da liturgia romana. |
4. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo António Cauleias, bispo, que no tempo do imperador Leão VI trabalhou arduamente para fortalecer a unidade na Igreja. |
5*. No mosteiro de Jully, na região de Troyes, na França, a Beata Umbelina, prioresa deste cenóbio, que, convertida dos prazeres do mundo pelo seu irmão São Bernardo de Claraval, com o assentimento de seu esposo se entregou à vida monástica. |
6*. Em Northeim, na Alsácia, na margem do rio Ili, actualmente em território da Alemanha, São Ludão, que, sendo natural da Escócia, morreu quando ia em peregrinação às basílicas dos Apóstolos. |
7*. Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Tomás Hemmerford, Jaime Fenn, João Nutter, João Munden e Jorge Haydock, presbíteros, que, no reinado de Isabel I, a quem negavam autoridade nas realidades espirituais, foram condenados à morte pela sua perseverante fidelidade à Igreja Romana, sendo dilacerados ainda vivos no suplício da praça de Tyburn.
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