Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-02-19

Quarta-feira da semana VI

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 8, 6-13. 20-22; Sl 115 (116), 12-13. 14-15. 18-19
Ev Mc 8, 22-26

* Na Ordem Franciscana – S. Conrado de Placência, eremita, da III Ordem – MF
* Na Ordem de Malta – Aniversário da Dedicação da Igreja Conventual Maior de S. João Baptista (Malta) – FESTA

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos, com a vossa graça, a viver de tal modo
que mereçamos ser vossa morada.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I (anos ímpares) Gn 8, 6-13.20-22
«Noé olhou e viu que tinha secado a face da terra»

Noé, o que foi salvo do dilúvio, é a personagem principal desta narração. Narrações como esta não são para se tomarem à letra; trata-se de narrativas poéticas, cujo sentido se há de procurar através da sua linguagem simbólica. Aqui o importante é que a aliança de Deus será sempre mais forte que a desunião e a maldade dos homens. A catástrofe passa gigantesca, mas imediatamente dela nasce uma nova ordem para o mundo, marcada pelo selo da Aliança. É já uma figura antecipada do Mistério Pascal do Senhor.

Leitura do Livro do Génesis
Passados quarenta dias de dilúvio, Noé abriu a janela que tinha feito na arca e soltou o corvo, que ia e vinha, esperando que as águas secassem sobre a terra. Depois, Noé soltou a pomba, para ver se as águas tinham secado sobre a face da terra. Mas, como não encontrou lugar onde poisar a planta dos pés, a pomba regressou à arca para junto de Noé, pois a água ainda cobria toda a face da terra. Ele estendeu a mão, apanhou-a e guardou-a consigo na arca. Noé esperou ainda mais sete dias e soltou novamente a pomba da arca. A pomba voltou para ele ao entardecer e trazia no bico um rebento novo de oliveira. Então Noé compreendeu que as águas tinham baixado sobre a face da terra. Esperou ainda mais sete dias e soltou a pomba, que não voltou mais. Foi no ano seiscentos e um da vida de Noé, no primeiro dia do primeiro mês, que as águas secaram sobre a terra. Noé tirou a cobertura da arca e viu que a face da terra estava seca. Noé construiu um altar ao Senhor, tomou animais puros e aves puras e ofereceu holocaustos sobre o altar. O Senhor aspirou aquele agradável perfume e disse para consigo: «Nunca mais amaldiçoarei a terra por causa do homem; realmente os projectos do seu coração são maus desde a juventude, mas nunca mais destruirei todos os seres vivos, como agora fiz. Enquanto durar a terra, nunca mais hão de faltar sementeiras e colheitas, frio e calor, Verão e Inverno, dia e noite».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.14-15.18-19 (R. cf. 17a)
Refrão: Oferecer-Vos-ei, Senhor, um sacrifício de louvor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis. Refrão

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo,
nos átrios da casa do Senhor,
dentro dos teus muros, Jerusalém. Refrão


ALELUIA cf. Ef 1, 17-18
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo
ilumine os olhos do nosso coração,
para conhecermos a esperança a que fomos chamados. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 22-26
«O cego ficou restabelecido e via tudo claramente»

A cura dos cegos realiza à letra a palavra dos profetas, que apresentam tais prodígios como sinais dos tempos messiânicos. A cura deste cego aparece como qualquer coisa que se realiza de maneira progressiva e aparentemente difícil. Talvez o Evangelho, que a apresenta imediatamente antes da confissão de fé de Pedro, queira referir-se aos esforços de Jesus por abrir os olhos dos discípulos para que estes compreendam o que Ele lhes faz e lhes diz.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe então um cego, suplicando-Lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da localidade. Depois deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». Ele abriu os olhos e disse: «Vejo as pessoas, que parecem árvores a andar». Em seguida, Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos e ele começou a ver bem: ficou restabelecido e via tudo claramente. Então Jesus mandou-o para casa e disse-lhe: «Não entres sequer na povoação».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Concedei, Senhor, que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 77, 29-30
O Senhor deu-lhes o pão do céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou: Jo 3, 16
Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos alimentastes com o pão do céu,
fazei que busquemos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Martirológio

1.   Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, o sepultamento de São Quodvultdeus, bispo de Cartago, que foi exilado com todo o seu clero pelo rei ariano Genserico e, colocado em barcas velhas sem velas nem remos, contra toda a esperança humana aportou em Nápoles, onde morreu como confessor da fé.

2.   Comemoração dos santos monges e outros mártires, que, por causa da fé em Cristo, foram crudelissimamente massacrados na Palestina às mãos dos Sarracenos, sob as ordens de Alamondir.

3.   Em Milão, na Lombardia, região da Itália, São Mansueto, bispo, que combateu arduamente a heresia dos monotelistas.

4.   Em Benavento, na Campânia, também região da Itália, São Barbato, bispo, que, segundo a tradição, converteu os Lombardos e o seu chefe à fé de Cristo.

5.   No mosteiro de Vabres, no território Rodez, na Aquitânia, actualmente na França, São Jorge, monge.

6*.   Em Bisignano, perto de Cosenza, na Calábria, região da Itália, São Proclo, monge, que, dotado de eminente sabedoria, foi arauto insigne da vida monástica.

7*.   Em La Chambre, perto de Bruxellas, no Brabante, actualmente na Bélgica, o sepultamento do Beato Bonifácio, que foi bispo de Lausana e depois levou vida ascética com os monges cistercienses do lugar.

8*.   Em Noto, na Sicília, região da Itália, o Beato Conrado Confaloniéri de Piacenza, eremita da Ordem Terceira de São Francisco, que, deixando os divertimentos mundanos, seguiu durante cerca de quarenta anos um género de vida rigorosíssimo em assídua oração e penitência.

9*.   Em Córdova, na Espanha, a comemoração do Beato Álvaro de Zamora, presbítero da Ordem dos Pregadores, célebre pela sua eloquência e contemplação da Paixão do Senhor.

10*.   Em Mântua, na Lombardia, região da Itália, a Beata Isabel Picenárdi, virgem, que, tomando o hábito da Ordem dos Servos de Maria, praticou na casa paterna a vida consagrada a Deus. Frequentava assiduamente a sagrada Comunhão e a Liturgia das Horas, entregava-se à meditação da Sagrada Escritura e cultivava uma especialíssima devoção à Virgem Maria.

11.   Em Kaiyang, perto de Mianyang, no Sichuan, província da China, Santa Lúcia Yi Zhenmei, virgem e mártir, que pela confissão da fé católica foi condenada à decapitação.

12*.   No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato José Zaplata, religioso da Congregação do Sagrado Coração de Jesus e mártir, que, por causa da sua fé, foi violentamente deportado da Polónia, sua pátria, para um atroz cativeiro e, atingido pela doença, consumou o seu martírio.