Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-03-23

DOMINGO III DA QUARESMA

Roxo – Ofício próprio (Semana III do Saltério).
+ Missa própria, Credo, pf. da Quaresma.

L 1 Ex 3, 1-8a. 13-15; Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 6-7. 8 e 11
L 2 1Cor 10, 1-6. 10-12
Ev Lc 13, 1-9

Em vez das leituras acima indicadas, podem tomar-se as leituras do Ano A, se for mais oportuno e devem tomar-se se houver escrutínios de catecúmenos.

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para a Cáritas Portuguesa.
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Ofertório para a Fraternidade Sacerdotal.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Ano C

Missa

 

Neste domingo celebra-se o primeiro escrutínio preparatório para o Batismo dos catecúmenos que serão admitidos aos sacramentos da iniciação cristã na Vigília pascal, utilizando as orações e as intercessões próprias.

Antífona de entrada Sl 24, 15-16
Os meus olhos estão voltados para o Senhor,
porque Ele livra os meus pés da armadilha.
Olhai para mim, Senhor,
e tende compaixão porque estou só e desamparado.

Ou: Cf. Ez 36, 23-26
Quando Eu manifestar em vós a minha santidade,
reunir-vos-ei de todos os povos;
derramarei sobre vós água pura,
e ficareis limpos de toda a iniquidade.
Eu vos darei um espírito novo, diz o Senhor.

Não se diz o Glória.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
autor de todas as misericórdias e de toda a bondade,
que nos fizestes encontrar no jejum, na oração e no amor fraterno
os remédios do pecado,
olhai benigno para a confissão da nossa humildade,
de modo que, abatidos pela consciência da culpa,
sejamos confortados pela vossa misericórdia.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


Em vez das leituras a seguir indicadas, podem utilizar-se as do Ano A, se for mais oportuno.

LEITURA I Ex 3, 1-8a.13-15
«O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»

Continuando a apresentar, nesta subida quaresmal a caminho da Páscoa, certos momentos mais significativos da história da salvação, a primeira leitura deste domingo, em seguimento da dos domingos anteriores, dá-nos a célebre revelação de Deus a Moisés, a revelação do seu Nome, que define, tanto quanto isso é possível, Quem é Deus. Ao mesmo tempo, e na continuação dessa revelação, Deus chama Moisés e envia-o como instrumento de salvação para o seu povo escravizado no Egito. Moisés será o chefe desse povo, o seu condutor através do deserto, e, como tal, figura de Cristo, o verdadeiro Pastor, guia e salvador do seu povo.

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte de Deus, o Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente, do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viu que a sarça não se consumia. Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, para ver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?». O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés, Moisés!». Ele respondeu: «Aqui estou!» Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada». E acrescentou: «Eu sou o Deus de teus pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moisés cobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «Eu vi a situação miserável do meu povo no Egito; escutei o seu clamor provocado pelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertar das mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa, onde corre leite e mel». Moisés disse a Deus: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei de responder-lhes?». Disse Deus a Moisés: «Eu sou ‘Aquele que sou’». E prosseguiu: «Assim falarás aos filhos de Israel: O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós». Deus disse ainda a Moisés: «Assim falarás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus de vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós. Este é o meu nome para sempre, assim Me invocareis de geração em geração’».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-4.6-8.11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão

O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios. Refrão

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem. Refrão


LEITURA II 1 Cor 10, 1-6.10-12
A vida do povo com Moisés no deserto
foi escrita para nos servir de exemplo

É o próprio Apóstolo que nos ensina a ler o Antigo Testamento: este anuncia as realidades do Novo Testamento, e serve, ao mesmo tempo, de exemplo e de guia ao povo da Nova Aliança, que já chegou “aos últimos tempos”, os tempos do Senhor Jesus Cristo, mas que ainda peregrina no deserto deste mundo a caminho da Terra Prometida. Não venha a suceder-nos a nós o que a muitos deles aconteceu: terem ficado pelo caminho.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, passaram todos através do mar e na nuvem e no mar, receberam todos o batismo de Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual e todos beberam a mesma bebida espiritual. Bebiam de um rochedo espiritual que os acompanhava: esse rochedo era Cristo. Mas a maioria deles não agradou a Deus, pois caíram mortos no deserto. Esses factos aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram. Não murmureis, como alguns deles murmuraram, tendo perecido às mãos do Anjo exterminador. Tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito para nos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos. Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair.
Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17
Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»

A primeira mensagem da Boa Nova que Jesus nos traz é o anúncio da aproximação do reino dos Céus, e consequentemente o convite a acolhê-lo com o coração voltado para ele e afastado do que lhe é contrário. Esta atitude é assim uma conversão, um regresso dos caminhos do pecado, uma atitude de arrependimento em relação ao passado, uma atitude penitencial. E esta atitude do coração é fundamental na Quaresma.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.

Oração sobre as oblatas
Concedei, Senhor, por este sacrifício,
que, ao pedirmos o perdão dos nossos pecados,
perdoemos também aos nossos irmãos.
Por Cristo nosso Senhor.

Quando não se lê o Evangelho da Samaritana, diz-se o Prefácio I ou II da Quaresma.

Prefácio A Samaritana
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando Ele pediu à Samaritana água para beber,
já lhe tinha concedido o dom da fé;
e da sua fé teve uma sede tão grande
que acendeu nela o fogo do amor divino.
Por isso, nós Vos damos graças
e, com os anjos, proclamamos as vossas maravilhas,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo.

Antífona da comunhão

Quando se lê o Evangelho da Samaritana: Cf. Jo 4, 13-14
Quem beber da água que Eu lhe der, diz o Senhor,
terá em seu coração a fonte da vida eterna.

Quando se lê o outro Evangelho: Cf. Sl 83, 4-5
As aves do céu encontram abrigo e as andorinhas um ninho
para os seus filhos, junto dos vossos altares,
Senhor dos Exércitos, meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa e a toda a hora cantam os vossos louvores.

Oração depois da comunhão
Recebemos, Senhor,
o penhor da glória eterna
e, vivendo ainda na terra, fomos saciados com o pão do céu.
Nós Vos pedimos humildemente
a graça de manifestarmos na vida
o que celebramos neste sacramento.
Por Cristo nosso Senhor.

Oração sobre o povo
Dirigi, Senhor, o coração dos vossos fiéis
e concedei-lhes o auxílio da graça celeste,
para que, permanecendo no vosso amor e no amor do próximo,
observem a plenitude dos vossos mandamentos.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Santo

São Turíbio de Mogrovejo, bispo

 

 

Martirológio

São Turíbio de Mogrovejo, bispo de Lima, no Peru, que era um leigo natural da Espanha, perito em jurisprudência, quando foi eleito para esta sede episcopal e partiu para a América. Animado de ardente zelo apostólico, percorreu frequentemente a vasta diocese, muitas vezes a pé, velando assiduamente pelo rebanho que lhe foi confiado; combateu com sínodos os abusos e escândalos no clero, defendeu vigorosamente a Igreja, catequizou e converteu os povos nativos e finalmente morreu em Saña, no Peru.

 

2.   Na Cornualha, em território actualmente da Inglaterra, São Fingar ou Guinhero, mártir.

3.   Comemoração dos santos mártires Vitoriano, procônsul de Cartago, na actual Tunísia, dois irmãos naturais de Aquae Régiae e também dois mercadores cartagineses, ambos chamados Frumêncio, os quais, durante a perseguição dos Vândalos, sob o governo do rei Hunerico, por perseverarem na confissão da fé cristã foram torturados com terríveis suplícios e assim receberam a coroa gloriosa.

4*.   Em Pontoise, perto de Paris, na França, São Gualter, primeiro abade do mosteiro desta localidade, que, renunciando à sua inclinação para a vida solitária, ensinou aos monges com o seu exemplo a observância regular e combateu os costumes simoníacos no clero.

5*.   Em Ariano Irpino, na Campânia, região da Itália, Santo Otão, eremita.

6*.   Em Gúbbio, na Úmbria, também região da Itália, o Beato Pedro, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho.

7*.   Em York, na Inglaterra, o Beato Edmundo Sykes, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, sofreu o exílio em ódio ao sacerdócio e, tendo regressado à Inglaterra, foi condenado ao extremo suplício do patíbulo.

8*.   Em Naas, localidade próxima de Dublim, na Irlanda, o Beato Pedro Higgins, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, no reinado de Carlos I, foi enforcado sem processo por perseverar na fidelidade à Igreja Romana.

9.   Em Barcelona, na Espanha, São José Oriol, presbítero, que, pela mortificação corporal, pelo exímio culto da pobreza e pela oração contínua, vivia sempre em estreita união com Deus e animado de alegria celeste.

10*.   Em Cemmo, povoação da Lombardia, na Itália, a Beata Anunciada Cochétti, que dirigiu com sabedoria, fortaleza e humildade o Instituto das Irmãs de Santa Doroteia recentemente fundado.

11.   Em ad-Dahr, no Líbano, Santa Rebeca ar-Rayyas de Himlaya, virgem da Ordem Libanesa das Maronitas de Santo António, que, vivendo cega durante trinta anos e depois atingida por outras enfermidades em todo o corpo, perseverou na oração contínua, confiando só em Deus.

12*.   Em Leopoldov, na Eslováquia, o Beato Metódio Domingos Trcka, presbítero da Congregação do Santíssimo Redentor e mártir, cuja peregrinação sobre a terra, em tempo de perseguição da fé, se transformou em vida eterna com o seu glorioso martírio.