Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-04-01
Terça-feira da semana IV
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ez 47, 1-9. 12; Sl 45 (46), 2-3. 5-6. 8-9
Ev Jo 5, 1-3a. 5-16
* Na Ordem de Malta – B. Carlos de Áustria, Bailio Grã-Cruz da Ordem – MF
Missa
Antífona de entrada Cf. Is 55, 1
Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas.
Todos vós que não tendes dinheiro, vinde e bebei com alegria.
Oração coleta
Fazei, Senhor, que a observância deste santo tempo da Quaresma
disponha o coração dos vossos fiéis
para celebrarem dignamente o mistério pascal
e anunciarem aos homens a alegria da salvação.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Ez 47, 1-9.12
«Vi a água sair do templo
e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos»
Celebraremos hoje uma liturgia baptismal: partindo do sinal da água (as duas leituras e o salmo) e através dele, somos iluminados sobre a significação última do banho baptismal. Para o povo no exílio no tempo de Ezequiel, o templo era, no centro do universo, sinal da presença de Deus. A água é a fonte da vida, da ressurreição, e Jesus dirá que ela é sinal do Espírito Santo. Isto ela o é no Batismo, que na cidade de Deus, a Igreja, é como um rio que irriga e faz participar na vida de Cristo ressuscitado, pela força do Espírito Santo.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água, em direção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar. O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora, até à porta exterior, que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito. Depois saiu na direção do Oriente com uma corda na mão; mediu mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos tornozelos. Mediu outros mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me à cintura. Por fim, mediu mais mil côvados: era uma torrente que eu não podia atravessar. As águas tinham aumentado até se perder o pé, formando um rio impossível de transpor. Disse-me então o Anjo: «Viste, filho do homem?» E fez-me voltar para a margem da torrente. Quando cheguei, vi nas margens da torrente uma grande quantidade de árvores, de um e outro lado. O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce até Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres. Em toda a parte aonde chegar esta torrente, todo o ser vivo que nela se move terá novo alento e o peixe será muito abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente. À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto: a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 45 (46), 2-3.5-6.8-9 (R. 8)
Refrão: O Senhor do Universo está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza. Repete-se
Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos, ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar. Refrão
Os braços dum rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora. Refrão
O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na terra. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 50 (51), 12a.14a
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Criai em mim, Senhor, um coração puro,
dai-me de novo a alegria da vossa salvação. Refrão
EVANGELHO Jo 5, 1-3a.5-16
«No mesmo instante o homem ficou são»
Movido pelo Espírito da Ressurreição, o homem, desde longa data enfermo, é liberto do pecado, fica são pela vida que Jesus lhe comunica, e assim curado, libertado, perdoado, ressuscitado em Jesus - que é e dá a Vida - caminha são, e é convidado a não mais pecar.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos. Ali jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?» O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim». Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado. Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga». Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local. Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior». O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado. Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Recebei benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo nos destes
para sustento da nossa vida mortal
e transformai-os para nós em alimento de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio I-VI da Quaresma.
Antífona da comunhão Cf. Sl 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha alma.
Oração depois da comunhão
Purificai, Senhor, o nosso espírito
e renovai-o com os vossos divinos sacramentos,
para que também o nosso corpo mortal receba o auxílio necessário
na vida presente e na vida futura.
Por Cristo nosso Senhor.
Oração sobre o povo (facultativa)
Concedei, Deus misericordioso,
que o povo cristão permaneça sempre dedicado ao vosso serviço
e fazei que obtenha continuamente da vossa bondade
todos os bens da alma e do corpo.
Por Cristo nosso Senhor.
Martirológio
1. Em Roma, a comemoração dos santos mártires Venâncio, bispo, e companheiros da Dalmácia e da Ístria, isto é, Anastásio, Amaro, Pauliniano, Télio, Astério, Septímio, Antioquiano e Gaiano, que a Igreja venera na mesma festividade. |
2. Em Tessalónica, na Macedónia, actualmente na Grécia, as santas Ágape e Quiónia, virgens e mártires, que, na perseguição de Diocleciano, por recusarem comer das carnes dos animais sacrificados aos ídolos, foram entregues ao governador Dulcécio e condenadas à fogueira. |
3. Na Palestina, Santa Maria Egipcíaca, que era uma famosa pecadora de Alexandria e, pela intercessão da Virgem Maria, se converteu a Deus na Cidade Santa e se consagrou a uma vida penitente e solitária além do Jordão. |
4. Em Lauconne, perto de Amiens, na Gália, hoje na França, São Valérico, presbítero, que atraiu muitos companheiros à vida eremítica. |
5. Em Ardpatrick, na província de Munster, na Irlanda, São Celso, bispo de Armagh, que promoveu diligentemente a renovação da Igreja. |
6. Em Grenoble, cidade da Borgonha, na França, Santo Hugo, bispo, que se empenhou na reforma de costumes do clero e do povo e, durante o seu episcopado, movido pelo ardente amor à solidão, ofereceu ao seu antigo mestre São Bruno e companheiros o ermo de Chartreuse, do qual foi o primeiro abade; durante quase cinquenta anos dirigiu esta Igreja com o seu admirável exemplo de caridade. |
7*. No mosteiro cisterciense de Bonnevaux, localidade do Delfinado, na França, o Beato Hugo, abade, cuja caridade e prudência promoveu a conciliação entre o papa Alexandre III e o imperador Frederico I. |
8*. Em Caithness, na Escócia, São Gilberto, bispo, que construiu em Dornoch a igreja catedral e fundou hospícios para os pobres; ao morrer, recomendou o que sempre observou na sua vida: não prejudicar ninguém, suportar com paciência as correcções divinas e não incomodar ninguém. |
9*. Em York, na Inglaterra, o Beato João Bretton, mártir, pai de família, que, no reinado de Isabel I, foi várias vezes incriminado pela sua perseverante fidelidade à Igreja Romana e por fim, falsamente acusado de alta traição, morreu estrangulado. |
10*. Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, São Luís Pavóni, presbítero, que se consagrou com grande solicitude à formação dos jovens mais pobres, procurando especialmente educá-los segundo a moral cristã e orientá-los para os trabalhos profissionais, fundando para isso a Congregação das Filhas de Maria Imaculada. |
11♦. No Funchal, cidade do arquipélago da Madeira, em Portugal, o Beato Carlos de Áustria (Carlos I de Habsburgo), que contribuiu diligentemente, pela sua condição régia, para o fortalecimento do reino de Deus. |
12♦. Em Guadalajara, região de Jalisco, no México, os beatos Anacleto González Flores (José), Jorge Raimundo Vargas González, Luís Padilla Gómez (José Dionísio), e Raimundo Vicente Vargas González, mártires. |