Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-04-23

QUARTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 At 3, 1-10; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Lc 24, 13-35

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Mt 25, 34
Vinde, benditos de meu Pai.
Recebei o reino preparado para vós desde o princípio do mundo.
Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que todos os anos nos alegrais
com a solenidade da ressurreição de Cristo,
concedei, pela vossa bondade,
que, celebrando dignamente estas festas na terra,
mereçamos chegar às alegrias do céu.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 3, 1-10
«Dou-te o que tenho:
em nome de Jesus, levanta-te e anda»

Depois da palavra da pregação dos Apóstolos, proclamada nos dias anteriores, vemos hoje o gesto, o sinal, como que a dar encarnação àquela palavra: a cura feita em Nome de Jesus, sinal do poder do Ressuscitado, que permanece vivo no meio dos seus, como fonte de vida e de salvação. Este sinal maravilhoso vai ser o ponto de partida para uma grande catequese nos próximos dias, como uma mistagogia que se prolonga e aprofunda o mistério pascal agora celebrado.

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo para a oração das três horas da tarde. Trouxeram então um homem, coxo de nascença, que colocavam todos os dias à porta do templo, chamada Porta Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ao ver Pedro e João, que iam a entrar no templo, pediu-lhes esmola. Pedro, juntamente com João, olhou fixamente para ele e disse-lhe: «Olha para nós». O coxo olhava atentamente para Pedro e João, esperando receber deles alguma coisa. Pedro disse- lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda». E, tomando-lhe a mão direita, levantou-o. Nesse instante fortaleceram-se-lhe os pés e os tornozelos, levantou-se de um salto, pôs-se de pé e começou a andar; depois entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. Toda a gente o viu caminhar e louvar a Deus e, sabendo que era aquele que costumava estar sentado, a mendigar, à Porta Formosa do templo, ficaram cheios de admiração e assombro pelo que lhe tinha acontecido.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 3b)
Refrão: Exulte o coração dos que procuram o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão

Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pato que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se

Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 13-35
«Reconheceram-n’O ao partir o pão»

A aparição aos discípulos de Emaús é das mais significativas: encontramos aqui de novo, mas agora com uma estrutura mais completa e mais bem recortada, a ligação entre a Palavra e o Rito, o sinal, onde os discípulos reconhecem o Senhor. Toda esta encantadora narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas (a leitura de amanhã acrescentará: os Salmos); a explicação (homilia) que desvenda o sentido das mesmas Escrituras; por fim, a “Fração do pão”, termo que, desde a origem, designa a celebração da Eucaristia.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconhe¬¬ceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Aceitai, Senhor, o sacrifício da nossa redenção
e concedei-nos, pela vossa bondade,
a salvação da alma e do corpo.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus ao partir o pão.
Aleluia.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos purificastes do velho pecado,
fazei que a comunhão do sacramento do vosso Filho
nos transforme em novas criaturas.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Santo

São Jorge, mártir

 

Santo Adalberto, bispo e mártir

 

 

Martirológio

São Jorge, mártir, cujo glorioso combate em Dióspolis ou Lida, na Palestina, celebram desde os tempos antigos todas as Igrejas do Oriente ao Ocidente.

 

Santo Adalberto (Vojtech), bispo de Praga e mártir, que suportou naquela Igreja muitas adversidades e empreendeu por amor de Cristo numerosas viagens apostólicas, trabalhando com ardor na erradicação dos costumes pagãos; verificando que as suas diligências tinham pouco êxito, dirigiu-se a Roma e fez-se monge; finalmente, tendo chegado à Polónia para trazer à fé os habitantes da Prússia, em Téntikken, junto à foz do Vístula, foi trespassado pelas lanças de alguns pagãos.

 

3.   Em Edessa, na Síria, hoje Sanliurfa, na Turquia, Santo Eulógio, bispo, que, segundo a tradição, morreu na Sexta-Feira Santa.

4.   Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Marolo, bispo, que foi amigo do papa Inocêncio I.

5.   Em Toul, na Lotaríngia, actualmente na França, São Gerardo, bispo, que, durante trinta e um anos, dotou a cidade de excelente legislação, criou obras de auxílio aos pobres, socorreu o povo no tempo da peste com as suas preces e jejuns, dedicou a igreja catedral e ajudou os mosteiros não só com beneficências materiais mas também povoando-os com santos discípulos.

6*.   Em Suélli, na Sardenha, a comemoração de São Jorge, bispo.

7*.   Em Perúgia, na Úmbria, região da Itália, o Beato Gil de Assis, religioso da Ordem dos Menores, companheiro de São Francisco, que resplandeceu nas suas peregrinações pela sua intrépida fé e admirável simplicidade.

8*.   Em Údine, na Venécia, hoje em Friuli-Venezia Giúlia, região da Itália, a Beata Helena Valentíni, viúva, que, decidida a viver só para Deus, teve grande actividade na Ordem secular de Santo Agostinho, consagrando-se à oração, à leitura do Evangelho e às obras de misericórdia.

9*.   Em Campi Bisênzio, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Teresa Maria da Cruz (Teresa Manétti), virgem, fundadora da Congregação das Carmelitas de Santa Teresa.

10*.   No mosteiro cisterciense de Grottaferrata, no território de Frascáti, próximo de Roma, a Beata Maria Gabriela Saghéddu, virgem, que com toda a simplicidade ofereceu a sua vida, terminada aos vinte e cinco anos, pela união dos cristãos.