Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-04-25

SEXTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 At 4, 1-12; Sl 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a
Ev Jo 21, 1-14

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 77, 53
O Senhor conduziu o seu povo com mão poderosa,
enquanto o mar submergia os inimigos. Aleluia.

Diz-se o Glória.

Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que, na Páscoa da nova aliança, oferecestes aos homens
o dom da reconciliação e da paz,
fazei que realizemos na vida o que celebramos na fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 4, 1-12
«Em nenhum outro nome podemos ser salvos»

A cura do coxo foi ocasião para uma longa catequese, que a liturgia continua a propor-nos ao longo desta semana. É quase uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os mistérios da sua própria iniciação. De facto, esta semana foi sempre a semana das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o “Nome”, o nome divino de “Senhor”, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o Ressuscitado. É o nome que tão frequentemente pronunciamos, quando exclamamos: Kyrie, Senhor, misericórdia.

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, estavam Pedro e João a falar ao povo, depois da cura do coxo de nascença, quando surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por eles estarem a ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus. Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia seguinte. Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil. No dia seguinte, os chefes do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém, com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre, e todos os que eram da família dos príncipes dos sacerdotes. Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes semelhante coisa?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos». Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.4.22-24.25-27a
(R. 22 ou Aleluia)
Refrão: A pedra rejeitada tornou-se pedra angular. Repete-se

Ou: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos abençoamos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Jo 21, 1-14
«Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe»

As aparições do Senhor ressuscitado vêm frequentemente em ambiente de refeição, e esta é descrita com termos semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A celebração eucarística foi, desde o início, o lugar privilegiado onde os cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante, como outros factos semelhantes do Evangelho, evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Realizai em nós, Senhor,
o mistério desta admirável permuta de dons pascais,
para que, da afeição aos bens terrenos,
passemos ao amor dos bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. Jo 21, 12-13
Disse Jesus: Vinde comer.
E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade
o povo que salvastes,
para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho
aqueles que foram remidos pela sua paixão.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

Santo

São Marcos, evangelista

 

 

Martirológio

Festa de São Marcos, Evangelista, que, depois de ter acompanhado São Paulo no seu apostolado em Jerusalém, seguiu os passos de São Pedro, por ele chamado filho, e, segundo a tradição, reuniu no Evangelho a catequese de São Pedro aos Romanos e fundou a Igreja de Alexandria.

 

2.   Comemoração de Santo Aniano, bispo de Alexandria, no Egipto, que, segundo o testemunho de Eusébio, no oitavo ano do imperador Nero, foi o primeiro bispo desta cidade depois de São Marcos e a dirigiu durante vinte e dois anos, como homem de Deus e em todos os sentidos admirável.

3.   Em Doróstoro, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, os santos Pasícrates e Valenciano, mártires, que, pela confissão da fé em Cristo como único Deus, submeteram corajosamente a cabeça à espada. 

4.   Em Agen, na Aquitânia, hoje na França, São Febádio, bispo, que escreveu um livro contra os arianos e protegeu o seu povo da heresia.

5.   Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santo Estêvão, bispo e mártir, que sofreu muitos ataques dos hereges que se opunham ao Concílio de Calcedónia e, no tempo do imperador Zenão, foi precipitado no rio Orontes, onde morreu afogado.

6.   Em Vienne, na Borgonha, na actual França, São Clarêncio, bispo.

7.   Em Lobbes, no Brabante da Austrásia, no território da actual Bélgica, Santo Ermino, abade e bispo, intensamente aplicado à oração e dotado do espírito de profecia, que sucedeu a Santo Usmaro.

8*.   Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, Santa Franca, abadessa, que decidiu entrar na Ordem Cisterciense e passava frequentemente toda a noite em oração na presença de Deus.

9*.   Em Aosta, nos Alpes Graios, actualmente na Itália, o Beato Bonifácio Valperga, bispo, insigne pela sua caridade e humildade.

10*.   Na ilha de Wight, na Inglaterra, os beatos Roberto Anderton e Guilherme Marsden, presbíteros e mártires, que foram condenados à morte, na perseguição da rainha Isabel I, por terem entrado, embora por naufrágio, como sacerdotes na Inglaterra e aceitaram com firmeza e paz de alma o martírio.

11.   Em Antígua, próximo da cidade de Guatemala, na América Central, São Pedro de São José Betancur, irmão da Ordem Terceira de São Francisco, que, sob o patrocínio de Nossa Senhora de Belém, se dedicou arduamente a socorrer os órfãos, os mendigos, os jovens incultos e rejeitados, os emigrantes e os condenados a trabalhos forçados.

12.   Em Remedello, localidade da província de Bréscia, na Itália, São João Piamarta, presbítero, que, enfrentando graves adversidades, fundou em Bréscia o Instituto dos Pequenos Artesãos e, nas proximidades de uma colónia agrícola, para que os jovens recebessem uma educação religiosa e a aprendizagem de um ofício, fundou também a Congregação da Sagrada Família de Nazaré.

13♦.   Em Guanato, no México, os beatos mártires André Solá y Molist, presbítero Claretiano, José Trindade Rangel Montano, presbítero, e Leonardo Pérez Lários.