Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-04-07

Segunda-feira da semana V

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. I da Paixão.

L 1 Dn 13, 1-9.15-17.19-30.33-62 ou Dn 13, 41c-62; Sl 22 (23),1-3a.3b-4b.5.6
Ev Jo 8, 1-11

Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.

* Pode celebrar-se a memória de S. João Batista de la Salle, presbítero, como se indica na p. 33, n. 9.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 55, 2
Compadecei-Vos de mim, Senhor, porque os homens me oprimem
e todo o dia me perseguem os inimigos.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, cuja infinita bondade nos enche de bênçãos,
concedei-nos a graça de iniciar uma vida nova,
que nos prepare para a glória do vosso reino.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I __ Forma longa Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62
«Vou morrer, sem ter feito nada do que disseram contra mim»

Por cima do juizo dos homens, sobretudo por cima da sua falta de justiça em julgar, está o juizo de Deus, que é sempre um juizo justo e salvador. Susana, falsamente acusada, julgada e condenada, é imagem da Igreja caluniada e condenada. Deus, porém, vem em seu auxilio e a liberta, como faz a cada um de nós, que esperamos da misericórdia de Deus a absolvição dos nossos pecados e a reintegração no seu povo.

Leitura da Profecia de Daniel
Naqueles dias, morava em Babilónia um homem chamado Joaquim. Tinha desposado uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, muito bela e temente ao Senhor. Os seus pais eram justos e tinham instruído a filha na Lei de Moisés. Joaquim era muito rico e tinha um jardim contíguo à sua casa. Os judeus reuniam-se com ele frequentemente, porque era o mais ilustre de todos eles. Naquele ano tinham designado como juízes dois anciãos do povo, daqueles que o Senhor denunciara, dizendo: «De Babilónia veio a iniquidade de velhos que passavam por dirigentes do povo». Estes dois frequentavam a casa de Joaquim e a eles recorriam todos os que tinham alguma questão de justiça. Quando, ao meio do dia, o povo se retirava, Susana vinha passear para o jardim do seu marido. Os dois velhos observavam-na todos os dias, quando entrava no jardim para passear, e apaixonaram-se por ela. Perverteram a sua mente e desviaram os seus olhos de modo a não olharem para o Céu e não se lembrarem dos seus justos juízos. Estando eles à espera de ocasião favorável, um dia Susana veio, como de costume, acompanhada somente de duas meninas; e, como estava calor, quis tomar banho no jardim. Não se encontrava ali ninguém, senão os dois velhos escondidos a espreitá-la. Susana disse às meninas: «Trazei-me óleo e unguentos e fechai as portas do jardim, para eu tomar banho». Logo que elas saíram, os dois velhos levantaram-se, correram para junto de Susana e disseram-lhe: «As portas do jardim estão fechadas, ninguém nos vê e nós estamos apaixonados por ti. Dá-nos o teu consentimento e entrega-te a nós. Senão, acusar-te-emos dizendo que estava contigo um jovem e por isso mandaste embora as meninas». Então Susana gemeu e exclamou: «Estou cercada por todos os lados: se praticar semelhante coisa, espera-me a morte; se não a praticar, não poderei fugir às vossas mãos. Mas prefiro cair nas vossas mãos sem ter feito nada a pecar na presença do Senhor». Então Susana gritou com voz forte, mas os dois velhos gritaram também contra ela e um deles correu a abrir as portas do jardim. Logo que as pessoas da casa ouviram estes gritos no jardim, precipitaram-se pela porta do lado, para verem o que tinha acontecido. Quando os velhos contaram a sua versão, os servos coraram de vergonha, pois nunca se tinha dito de Susana semelhante coisa. No dia seguinte, quando o povo se reuniu em casa de Joaquim, marido de Susana, vieram os dois velhos cheios de rancor contra ela, pretendendo condená-la à morte. E disseram diante do povo: «Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim». Foram buscá-la e ela veio com os pais, os filhos e todos os parentes. Os seus familiares choravam, assim como todos os que a viam. Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. Ela, a soluçar, ergueu os olhos ao Céu, porque o seu coração confiava no Senhor. Os velhos disseram: «Enquanto passeávamos sós pelo jardim, entrou ela com duas servas; fechou as portas do jardim e mandou embora as servas. Veio então ter com ela um jovem, que estava escondido, e deitou-se com ela. Nós, que estávamos a um canto do jardim, ao ver aquela maldade, corremos sobre eles. Embora os tivéssemos visto juntos, não pudemos agarrar o jovem, porque era mais forte do que nós, e, abrindo a porta, pôs- se em fuga. A ela, porém, apanhámo-la e perguntámos-lhe quem era o jovem, mas ela não quis dizer-nos Somos testemunhas do facto». A assembleia deu-lhes crédito, por serem anciãos do povo e juízes, e condenou Susana à morte. Então Susana disse em altos brados: «Deus eterno, que sabeis o que é secreto e conheceis todas as coisas antes que aconteçam, Vós sabeis que eles proferiram contra mim um falso testemunho. E eu vou morrer, sem ter feito nada do que eles maliciosamente disseram contra mim». O Senhor ouviu a oração de Susana. Quando a levavam para ser executada, Deus despertou o espírito santo dum rapazinho chamado Daniel, que gritou com voz forte: «Eu sou inocente da morte desta mulher». Todo o povo se voltou para ele e perguntou: «Que palavras são essas que acabas de dizer?» Daniel, de pé no meio deles, respondeu: «Sois tão insensatos, ó filhos de Israel, que, sem julgamento nem conhecimento claro dos factos, condenais uma filha de Israel? Voltai ao tribunal, porque estes dois homens levantaram contra ela um falso testemunho». O povo regressou a toda a pressa e os anciãos disseram a Daniel: «Vem sentar-te no meio de nós e expõe-nos o teu pensamento, pois Deus concedeu-te a dignidade dos anciãos». Daniel disse-lhes: «Separai-os um do outro e eu os julgarei». Quando os separaram, Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: «Envelheceste na prática do mal, mas agora aparecem os pecados que outrora cometeste, quando lavravas sentenças injustas, condenando os inocentes e absolvendo os culpados, apesar de o Senhor dizer: ‘Não dareis a morte ao inocente e ao justo’. Pois bem. Se viste esta mulher, debaixo de que árvore descobriste os dois juntos?». Ele respondeu: «Debaixo de um lentisco». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus já recebeu a sentença, para te rachar ao meio». Depois de o terem afastado, Daniel ordenou que trouxessem o outro e disse-lhe: «Raça de Canaã e não de Judá, a beleza seduziu-te e o desejo perverteu-te o coração. Era assim que procedíeis com as filhas de Israel e elas por medo entregavam-se a vós. Pois bem, diz-me então: Debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?» Ele respondeu: «Debaixo de um carvalho». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus está à tua espera com a espada na mão para te cortar ao meio. Assim acabará convosco». Toda a assembleia clamou em alta voz, bendizendo a Deus, que salva aqueles que esperam n’Ele. Levantaram-se então contra os dois velhos, porque Daniel os tinha convencido de falso testemunho, pela sua própria boca. Para cumprirem a Lei de Moisés, aplicaram-lhes a mesma pena que tão impiamente tinham preparado para o seu próximo e executaram-nos; e foi salva naquele dia uma vida inocente.
Palavra do Senhor.


LEITURA I __ Forma breve Dan 13, 41c-62
«Vou morrer, sem ter feito nada do que disseram contra mim»

Deus ampara sempre aqueles que n’Ele confiam, umas vezes de forma patente, outras vezes nos segredos dos Seus desígnios.

Leitura da Profecia de Daniel
Naqueles dias, a assembleia condenou Susana à morte. Então Susana disse em altos brados: «Deus eterno, que sabeis o que é secreto e conheceis todas as coisas antes que aconteçam, Vós sabeis que eles proferiram contra mim um falso testemunho. E eu vou morrer, sem ter feito nada do que eles maliciosamente disseram contra mim». O Senhor ouviu a oração de Susana. Quando a levavam para ser executada, Deus despertou o espírito santo dum rapazinho chamado Daniel, que gritou com voz forte: «Eu sou inocente da morte desta mulher». Todo o povo se voltou para ele e perguntou: «Que palavras são essas que acabas de dizer?» Daniel, de pé no meio deles, respondeu: «Sois tão insensatos, ó filhos de Israel, que, sem julgamento nem conhecimento claro dos factos, condenais uma filha de Israel? Voltai ao tribunal, porque estes dois homens levantaram contra ela um falso testemunho». O povo regressou a toda a pressa e os anciãos disseram a Daniel: «Vem sentar-te no meio de nós e expõe-nos o teu pensamento, pois Deus concedeu-te a dignidade dos anciãos». Daniel disse-lhes: «Separai-os um do outro e eu os julgarei». Quando os separaram, Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: «Envelheceste na prática do mal, mas agora aparecem os pecados que outrora cometeste, quando lavravas sentenças injustas, condenando os inocentes e absolvendo os culpados, apesar de o Senhor dizer: ‘Não dareis a morte ao inocente e ao justo’. Pois bem. Se viste esta mulher, debaixo de que árvore descobriste os dois juntos?». Ele respondeu: «Debaixo de um lentisco». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus já recebeu a sentença, para te rachar ao meio». Depois de o terem afastado, Daniel ordenou que trouxessem o outro e disse-lhe: «Raça de Canaã e não de Judá, a beleza seduziu-te e o desejo perverteu-te o coração. Era assim que procedíeis com as filhas de Israel e elas por medo entregavam-se a vós. Pois bem, diz-me então: Debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?» Ele respondeu: «Debaixo de um carvalho». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus está à tua espera com a espada na mão para te cortar ao meio. Assim acabará convosco». Toda a assembleia clamou em alta voz, bendizendo a Deus, que salva aqueles que esperam n’Ele. Levantaram-se então contra os dois velhos, porque Daniel os tinha convencido de falso testemunho, pela sua própria boca. Para cumprirem a Lei de Moisés, aplicaram-lhes a mesma pena que tão impiamente tinham preparado para o seu próximo e executaram-nos; e foi salva naquele dia uma vida inocente.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-2a.2b-3.5-6 (R. 4a)
Refrão: Ainda que passe por vales tenebrosos,
nada temo, porque Vós estais comigo. Repete-se

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão

Ele me guia por sendas direitas,
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo. Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 33, 11
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva. Refrão


EVANGELHO Jo 8, 1-11
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»

Ao lado de Susana, inocente mas acusada e condenada, (primeira leitura), a mulher adúltera, culpada mas perdoada, é também imagem da Igreja nos seus membros: purificada dos seus pecados nas águas do Batismo e da Penitência, defendida das tentações e acusações injustas de seus perseguidores, ela é a nova Eva, fruto da misericórdia de Deus, ao lado de Cristo, o novo Adão. Assim é o fruto do Mistério Pascal, que nos preparamos para celebrar.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, Ele ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Jesus acrescentou: «Também Eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Fazei, Senhor, que, reunidos para celebrar estes santos mistérios,
Vos ofereçamos, como fruto da penitência corporal,
a alegria dos nossos corações purificados.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I da Paixão do Senhor.

Antífona da comunhão
Quando se lê o Evangelho da mulher adúltera: Jo 8, 10-11
Mulher, ninguém te condenou? Ninguém, Senhor.
Nem Eu te condeno. Vai em paz e não tornes a pecar.

Quando se lê o outro Evangelho: Cf. Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor.
Quem Me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida.

Oração depois da comunhão
A graça deste sacramento, Senhor,
nos fortaleça e nos purifique de todo o mal,
para que, seguindo os passos de Cristo,
caminhemos generosamente ao vosso encontro.
Por Cristo nosso Senhor.

Oração sobre o povo (facultativa)
Livrai de todo o pecado, Senhor, este povo suplicante,
de modo que, vivendo santamente, seja salvo de toda a adversidade.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Santo

São João Batista de la Salle, presbítero

 

 

Martirológio

Memória de São João Baptista de la Salle, presbítero, que em Ruão, na Normandia, região da França, se dedicou com grande diligência à formação humana e cristã das crianças, principalmente das mais pobres, fundando para isso a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, pela qual suportou muitas tribulações, tornando-se grande benemérito do povo de Deus.

 

2.   Comemoração de Santo Hegesipo, que viveu em Roma no tempo dos papas Aniceto e Eleutério e escreveu em linguagem simples a história da Igreja, desde a Paixão do Senhor até ao seu tempo.

3.   Em Alexandria, no Egipto, São Pelúsio, presbítero e mártir.

4.   Em Pentápolis, na Líbia, os santos mártires Teodoro, bispo, Ireneu, diácono, Serapião e Amónio, leitores.

5.   Em Pompeiópolis, localidade da Cilícia, na actual Turquia, São Caliópio, mártir. 

6.   Em Sínope, no Ponto, também na actual Turquia, duzentos santos mártires, soldados.

7.   Em Mitilene, na ilha de Lesbos, na Grécia, São Jorge, bispo, que, no tempo do imperador Leão o Arménio, suportou muitos tormentos por defender o culto das sagradas imagens.

8*.   Junto ao mosteiro de Crespin, no Hainaut, hoje na França, Santo Aiberto, presbítero e monge, que todos os dias recitava na solidão, de joelhos ou prostrado em terra, todo o Saltério, e aos penitentes que a ele acorriam administrava a divina misericórdia.

9*.   No mosteiro premonstratense de Steinfeld, na Alemanha, Santo Hermano José, presbítero, que resplandeceu pelo seu terno amor para com a Virgem Maria e celebrou com hinos e cânticos a devoção ao divino Coração de Jesus.

10.   Em York, na Inglaterra, Santo Henrique Walpole, da Companhia de Jesus, e o Beato Alexandre Rawlins, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, foram presos e cruelmente atormentados por causa do seu sacerdócio e, finalmente, conduzidos ao patíbulo, enforcados e dilacerados, alcançaram a coroa eterna.

11.   Em Worcester, também na Inglaterra, os beatos mártires Eduardo Oldcorne, presbítero, e Rodolfo Asley, religioso, ambos da Companhia de Jesus, que exerceram clandestinamente durante muitos anos o ministério apostólico, até que, sob a acusação falsa de conjura contra o rei Jaime I, foram introduzidos no cárcere, torturados e finalmente dilacerados ainda vivos.

12.   Na Cochinchina, no actual Vietnam, São Pedro Nguyen Van Luu, presbítero e mártir, que, no tempo do imperador Tu Duc, foi condenado à pena capital e morreu com alegria no patíbulo.

13*.   Em Dongerkou, localidade da China, a Beata Maria Assunta Pallotta, virgem das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que, ocupando-se dos serviços humildes, levou uma vida simples e oculta pelo reino de Cristo.