Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-06-07
Sábado da semana VII
Missa da manhã
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou pf. da Ascensão do Senhor.
L 1 At 28, 16-20. 30-31; Sl 10 (11), 4. 5 e 7
Ev Jo 21, 20-25
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Ana de S. Bartolomeu, virgem – MF
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos Apóstolos – Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos – SOLENIDADE
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – Virgem Santa Maria, Rainha dos Apóstolos, Padroeira da Sociedade – FESTA
DOMINGO DE PENTECOSTES
SOLENIDADE
Sábado à tarde
Vermelho.
Missa própria da vigília, Glória, Credo, pf. próprio.
Leituras para a Missa da vigília breve:
L 1 Gn 11, 1-9
ou Ex 19, 3-8a. 16-20b ou Ez 37, 1-14 ou Jl 3, 1.5 (2, 28-32);
Sl 103 (104), 1-2a. 24 e 35c. 27-28. 29bc-30
L 2 Rm 8, 22-27
Ev Jo 7, 37-39
Leituras para a Missa da vigília prolongada:
L 1 Gn 11, 1-9; Sl 32 (33), 10-11. 12-13. 14-15 (R. 12b)
L 2 Ex 19, 3-8a. 16-20b; Cant. Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
ou Sl 18 (19), 8. 9. 10. 11 (R. Jo 6, 68c)
L 3 Ez 37, 1-14; Sl 106 (107), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 1) ou Aleluia.
L 4 Jl 3, 1-5; Sl 103 (104), 1-2a. 24 e 35c. 27-28. 29bc-30 (R. 30) ou Aleluia.
L 5 Rm 8, 22-27
Ev Jo 7, 37-39
* I Vésp. do Pentecostes – Compl. dep. I Vésp. dom.
Ano C
Missa
Missa vespertina na vigília
Forma breve
Esta Missa diz-se na tarde do sábado, antes ou depois das Vésperas I de Pentecostes.
Antífona de entrada Cf. Rm 5, 5; 8, 11
O amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno, que, na festa de Pentecostes,
completais os cinquenta dias do mistério pascal,
fazei que, pela ação do vosso Espírito,
os povos dispersos se reúnam de novo
e todas as línguas proclamem numa só fé a glória do vosso nome.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Ou:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso,
o esplendor da vossa glória
e a luz da vossa luz confirme, com os dons do Espírito Santo,
o coração daqueles que, por vossa graça, renasceram.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Diz-se o Credo.
Oração sobre as oblatas
Derramai, Senhor, a bênção do Espírito Santo
sobre os dons que apresentamos ao vosso altar,
a fim de que a Igreja, pela participação neste sacramento,
se inflame de tal modo no vosso amor
que manifeste a todo o mundo o mistério da salvação.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio de Pentecostes, como na Missa do Dia.
No Cânone romano diz-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.
Antífona da comunhão Jo 7, 37
No último dia da festa, Jesus exclamava em alta voz:
Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Aleluia.
Oração depois da comunhão
Este sacramento que recebemos, Senhor,
nos comunique o fervor do Espírito Santo,
que admiravelmente derramastes sobre os apóstolos.
Por Cristo nosso Senhor.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene
Missa vespertina na vigília
em forma mais extensa
1. Nas igrejas em que se celebra a Missa da vigília na sua forma mais longa, esta Missa pode celebrar-se do modo seguinte.
2. a) Se as Vésperas I, no coro ou em comum, precedem imediatamente a Missa, a celebração pode começar ou pelo versículo introdutório e o hino Vem, criador Espírito de Deus, ou pelo cântico de entrada O amor de Deus foi derramado ou Quando Eu manifestar a minha santidade, com a procissão de entrada e a saudação do sacerdote, omitindo num e noutro caso o rito penitencial (cf. Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas, nn. 94 e 96).
Segue-se então a salmodia das Vésperas até à leitura breve, exclusive.
Depois da salmodia, omitindo o ato penitencial e, conforme as circunstâncias, o Senhor, tende piedade de nós, o sacerdote diz a oração:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso, como na Missa Vespertina na Vigília, p. 413.
3. b) Se a Missa começa na forma habitual, depois do Senhor, tende piedade de nós, o sacerdote diz esta oração:
Brilhe sobre nós, Deus todo-poderoso, como na Missa Vespertina na Vigília, p. 413.
Em seguida, o sacerdote pode dirigir ao povo uma breve exortação, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Ao iniciarmos a vigília de Pentecostes, irmãos caríssimos, a exemplo dos apóstolos e dos discípulos, que, com Maria, Mãe de Jesus, perseveravam na oração, esperando a vinda do Espírito Santo, prometido pelo Senhor, ouçamos agora de coração tranquilo a palavra de Deus. Meditemos as maravilhas que o Senhor fez em favor do seu povo e oremos para que o Espírito Santo, que o Pai enviou como primícias aos que acreditam n’Ele, realize plenamente a sua obra no mundo.
4. Seguem-se as leituras previstas no lecionário ad libitum. O leitor dirige-se para o ambão e faz a leitura. Em seguida, o salmista ou o cantor diz o salmo, a que o povo responde com o refrão. Depois, pondo-se todos de pé, o sacerdote diz Oremos e, após orarem durante alguns momentos em silêncio, o sacerdote diz a oração correspondente. Em vez do salmo responsorial pode observar-se algum tempo de silêncio, omitindo, neste caso, a pausa depois do Oremos.
Orações depois das leituras
5. Depois da primeira leitura («Chamaram-lhe Babel, porque lá o Senhor confundiu a linguagem do mundo inteiro»: Gn 11, 1-9) e do salmo (32, 10-11.12-13.14-15; R. (12b): Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança).
Oremos.
Deus todo-poderoso,
fazei que a Igreja seja sempre o povo santo,
congregado na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
para manifestar ao mundo
o mistério da vossa santidade e unidade
e conduzi-lo à plenitude do vosso amor.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
6. Depois da segunda leitura («O Senhor desceu sobre o monte Sinai, na presença de todo o povo»: Ex 19, 3-8.16-20b) e do cântico (Dn 3, 52.53.54.55.56; R. (52b): Seja louvado e exaltado para sempre) ou do salmo (18, 8.9.10.11; R. (Jo 6,68c): Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna).
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que, no fulgor do monte Sinai, destes a Moisés a antiga lei
e hoje manifestastes, no fogo do Espírito, a nova aliança,
concedei que sempre nos inflamemos no Espírito Santo,
que admiravelmente derramastes sobre os apóstolos,
e o novo Israel, congregado de entre todos os povos,
receba com alegria o mandamento eterno do vosso amor.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
7. Depois da terceira leitura («Ossos ressequidos, vou mandar-vos um sopro de vida e tornareis a viver»: Ez 37, 1-14 e do Sl 106, 2-3.4-5.6-7.8-9; R. (1): Dai graças ao Senhor, porque é eterna a sua misericórdia, ou: Aleluia).
Oremos.
Senhor, Deus do universo,
que renovais e conservais o mundo decaído,
aumentai o povo que, pelo poder santificador do vosso nome,
vai receber a vida nova,
de modo que todos os que se purificam no santo Batismo
vivam sempre segundo a inspiração da vossa graça.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
Ou:
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes renascer pela palavra da vida,
derramai sobre nós o vosso Espírito Santo,
para que, vivendo na unidade de fé,
mereçamos chegar à gloriosa ressurreição da carne.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
Ou:
Senhor nosso Deus,
exulte sempre o vosso povo com a renovada juventude da alma,
de modo que, alegrando-se agora
por se ver restituído à glória da adoção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.
8. Depois da quarta leitura («Sobre os meus servos e servas derramarei o meu Espírito»: Jl 3, 1-5) e do Sl 103, 1-2a.24 e 35c.27-28.29bc-30; R. (30): Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra).
Oremos.
Realizai, Senhor, a vossa promessa
e enviai sobre nós o Espírito Santo,
para que nos torne, perante o mundo,
testemunhas do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.
9. Em seguida, o sacerdote entoa o hino Glória.
10. Terminado o hino, o sacerdote diz a oração coleta, no modo habitual:
Deus todo-poderoso e eterno, como na Missa da vigília, p. 413.
11. Depois, o leitor faz a leitura do Apóstolo (Rm 8, 22-27) e a Missa continua na forma habitual.
12. Se as Vésperas se celebram com a Missa, depois da comunhão com a antífona No último dia da festa, canta-se o Magníficat com a sua antífona das Vésperas Vinde, Espírito Santo. Em seguida, diz-se a oração depois da comunhão e o resto na forma habitual.
13. Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene, p. 708.
Na despedida do povo, o diácono ou, na sua ausência, o próprio sacerdote canta ou diz:
V. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.
LITURGIA DA PALAVRA
Estas leituras utilizam-se na Missa celebrada no sábado à tarde, quer antes quer depois das Vésperas I do Domingo de Pentecostes. Na leitura I, lê-se um dos quatro textos seguintes, à escolha:
LEITURA I Gen 11, 1-9
«Chamaram-lhe Babel, porque aí se confundiu a linguagem
de todo o mundo»
Os homens do nosso tempo procuram, ansiosamente, a unidade, na certeza de que só em comunhão com os outros se realizarão plenamente. Porém, sem comunhão com Deus não é possível a união entre os homens. Construir a unidade só com as próprias forças, prescindindo de Deus, ou mesmo contra Deus, é empresa vã. Toda a sociedade que rejeita Deus, está destinada à ruína (Sal. 126; Lc. 19, 41-44), isto é à confusão e à divisão. A unidade só se constrói, quando os homens acolhem o Espírito de Jesus, que nos faz falar a linguagem universal da comunhão e do amor.
Leitura do Livro do Génesis
Toda a terra tinha uma só língua e usava as mesmas palavras. Ao emigrarem do Oriente, os homens encontraram uma planície na região de Senaar e nela se fixaram. Disseram então uns aos outros: «Vamos fabricar tijolos e cozê-los ao fogo». Os tijolos serviam-lhes de pedra e o betume de argamassa. Disseram ainda: «Vamos edificar uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus, para nos tornarmos famosos e não nos dispersarmos por toda a superfície da terra». Mas o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens construíam. Disse então o Senhor: «Aí está um povo unido e todos falam a mesma língua. Se este é o começo dos seus empreendimentos, nenhum projecto lhes será difícil. Vamos descer até lá para lhes confundir a linguagem, de modo que não entendam a fala uns dos outros». E o Senhor dispersou-os por toda a superfície da terra e eles desistiram de construir a cidade. Por isso lhe chamam Babel, porque lá o Senhor confundiu a linguagem de todo o mundo e de lá dispersou os habitantes por toda a superfície da terra.
Palavra do Senhor.
Ou Ex 19, 3-8a.16-20b
«O Senhor descerá sobre o monte Sinai à vista de todo o povo»
No Sinai, cinquenta dias após a passagem do Mar Vermelho, Deus manifesta-Se a Israel e, movido apenas pelo Seu amor, escolhe-o para Seu povo, estabelece com ele uma aliança de amizade, não lhe exigindo, em resposta, senão uma fidelidade perfeita. Israel torna-se assim uma «nação santa», isto é um povo ao serviço de Deus, testemunha da Sua mesma santidade entre os outros povos. Esta aliança do Sinai é fruto da ação luminosa e purificadora do Espírito de Deus.
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, Moisés subiu à presença de Deus. O Senhor chamou-o da montanha e disse-lhe: «Assim falarás à casa de Jacob, isto dirás aos filhos de Israel: ‘Vistes o que Eu fiz ao Egito, como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim. Agora, se ouvirdes a minha voz, se guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade especial entre todos os povos. Porque toda a terra Me pertence; mas vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, uma nação santa’. Tais são as palavras que dirás aos filhos de Israel». Moisés voltou, convocou os anciãos do povo e expôs-lhes todas estas palavras, como o Senhor lhe tinha ordenado. Todo o povo respondeu numa só voz: «Faremos tudo o que o Senhor mandou». Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No acampamento, todo o povo estremeceu. Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e ficaram no sopé da montanha. O monte Sinai todo ele fumegava, porque o Senhor descera sobre ele no meio do fogo. O fumo subia como de uma fornalha e toda a montanha tremia violentamente. O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e Deus respondia com voz de trovão. O Senhor desceu sobre as alturas do monte Sinai e chamou Moisés para que subisse ao cimo da montanha.
Palavra do Senhor.
Ou Ez 37, 1-14
«Ossos ressequidos, vou introduzir em vós o espírito e vivereis»
Infiel à Aliança, o antigo Povo de Deus, separando-se do Senhor, fonte de vida, conhece, no exílio, um trágico destino. Deus, porém, não esquece esse povo, reduzido a um amontoado de ossos. Pelo Seu Espírito, fá-lo-á ressurgir da morte e do desespero. Esta intervenção de Deus, que, em certo modo, é uma nova criação, é um sinal daquela, pela qual o Senhor reunirá todos os homens na nova humanidade, surgida sob a ação do Espírito Santo no dia do Pentecostes. É também uma imagem da nossa ressurreição individual.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, a mão do Senhor pairou sobre mim e o Senhor levou-me pelo seu espírito e colocou-me no meio de um vale que estava coberto de ossos. Fez-me andar à volta deles em todos os sentidos: os ossos eram em grande número, na superfície do vale, e estavam completamente ressequidos. Disse-me o Senhor: «Filho do homem, poderão reviver estes ossos?». Eu respondi: «Senhor Deus, Vós o sabeis». Disse-me então: «Profetiza acerca destes ossos e diz-lhes: Ossos ressequidos, escutai a palavra do Senhor. Eis o que diz o Senhor Deus a estes ossos: Vou introduzir em vós o espírito e revivereis. Hei de cobrir-vos de nervos, encher-vos de carne e revestir-vos de pele. Infundirei em vós o espírito e revivereis. Então sabereis que Eu sou o Senhor». Eu profetizei, segundo a ordem recebida. Quando eu estava a profetizar, ouvi um rumor e vi um movimento entre os ossos que se aproximavam uns dos outros. Vi que se tinham coberto de nervos, que a carne crescera e a pele os revestia; mas não havia espírito neles. Disse-me o Senhor: «Profetiza ao espírito, profetiza, filho do homem, e diz ao espírito: Eis o que diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e sopra sobre estes mortos, para que tornem a viver». Eu profetizei, como o Senhor me ordenara, e o espírito entrou naqueles mortos; eles voltaram à vida e puseram-se de pé: era um exército muito numeroso. Então o Senhor disse-me: «Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eles afirmaram: ‘Os nossos ossos estão ressequidos, desvaneceu-se a nossa esperança, estamos perdidos’. Por isso, profetiza e diz-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Abrirei os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel. Haveis de reconhecer que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, meu povo. Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei de fixar-vos na vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
Palavra do Senhor.
Ou Joel 3, 1-5 (2, 28-32)
«Sobre os meus servos e servas derramarei o meu espírito»
No Antigo Testamento, o Espírito de Deus era apenas comunicado a alguns homens, em vista duma missão particular. O profeta, porém, entrevê tempos, em que Ele será dado a todos.
No discurso à multidão, no dia do Pentecostes, Pedro afirmará que, precisamente nesse dia se cumpria esta profecia (Act. 2, 17). Nesse dia, com efeito, Deus derramou o Seu Espírito, sobre o Seu novo Povo e todos nos tornámos profetas, isto é, testemunhas e arautos das maravilhas de Deus.
Leitura da Profecia de Joel
Eis o que diz o Senhor: «Derramarei o meu espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos e os vossos jovens terão visões; também sobre os meus servos e servas derramarei, naqueles dias, o meu espírito. Realizarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua em sangue, antes de vir o dia do Senhor, dia grande e terrível. Mas todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte de Sião e em Jerusalém estará, como o Senhor disse, o resto dos que forem salvos; e entre os sobreviventes estarão aqueles que o Senhor tiver chamado».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.24.35c.27-28.29bc-30 (R. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a face da terra. Repete-se
Ou: Mandai, Senhor, o vosso Espírito
e renovai a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto. Refrão
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas!
Bendiz, ó minha alma, o Senhor. Refrão
Todos de Vós esperam
que lhes deis de comer a seu tempo.
Dais-lhes o alimento e eles o recolhem,
abris a mão e enchem-se de bens. Refrão
Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra. Refrão
LEITURA II Rom 8, 22-27
«O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis»
Possuindo o Espírito Santo, possuímos já a esperança de uma vida plena, pois Aquele que ressuscitou Jesus dará também vida aos nossos corpos mortais, pelo Espírito Santo (Rm. 8, 11). Na verdade, o Espírito Santo faz brotar em nós a fonte de vida, que jorra para a eternidade. Robustecendo as nossas débeis forças e mantendo viva a nossa esperança, pela sua contínua intercessão, alcança-nos de Deus as sementes da vida imortal.
Mas não é apenas o homem que possui, pelo Espírito Santo, este germe de vida imortal. Também a criação será renovada. Embora não saibamos como se processará essa transformação, sabemos, contudo que, com a Aliança definitiva, a restauração ficou a abranger toda a criação. Por isso o cristão, ao trabalhar, com a ajuda do Espírito Santo, pela transformação do mundo, está a contribuir para a realização do plano divino da restauração de todas as coisas.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Nós sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo. É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê? Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança. Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E Aquele que vê no íntimo dos corações conhece as aspirações do Espírito, pois é em conformidade com Deus que o Espírito intercede pelos cristãos.
Palavra do Senhor.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor. Refrão
EVANGELHO Jo 7, 37-39
«Correrão rios de água viva»
Por ocasião da festa dos tabernáculos, no decorrer da qual os judeus, num rito carregado de simbolismo, aspergiam o altar, com água tirada da fonte de Siloé para implorarem a fecundidade dos tempos messiânicos (Is. 12, 3) e para recordarem a água que brotara do rochedo do Horeb, no deserto, Jesus proclama que Ele é a rocha viva, donde jorra a água do Espírito Santo.
Seguindo tão solene afirmação, a Igreja não será, pois, um deserto árido ou um corpo sem alma. Em virtude da presença do Espírito Santo, princípio de vida e fonte de esperança, a Igreja transbordará sempre de vida e irradiará sempre juventude, de modo que os homens de todos tempos nela poderão matar a sua sede de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No último dia, o mais solene da festa, Jesus estava de pé e exclamou: «Se alguém tem sede, venha a Mim e beba: do coração daquele que acredita em Mim correrão rios de água viva para a vida eterna». Referia-se ao Espírito que haviam de receber os que acreditassem n’Ele. O Espírito ainda não viera, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
Palavra da salvação.
Missa
Missa matutina
Antífona de entrada At 1, 14
Os Apóstolos perseveravam unidos na oração com Maria,
Mãe de Jesus. Aleluia.
Oração coleta
Deus todo-poderoso,
que nos concedestes a graça
de chegar ao termo destas festas pascais,
fazei que toda a nossa vida seja um testemunho fiel
do Senhor ressuscitado.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 28, 16-20.30-31
«Ficou em Roma, anunciando o reino de Deus»
Aqui terminam os Atos dos Apóstolos, com a presença de Paulo em Roma, prisioneiro, mas a anunciar sempre o reino de Deus. Aqui terminam também os dias feriais do Tempo da Páscoa que amanhã terá a sua clausura. Eles nos fizeram percorrer os primeiros tempos da Igreja nascente e nos deixam, como a Paulo, ainda prisioneiros dos perigos e lutas que sempre cercam o reino de Deus neste mundo, mas livres para anunciar o grande testemunho de Deus aos homens, que Ele ama: Jesus Cristo, que morreu, ressuscitou e está vivo para sempre.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Quando chegámos a Roma, Paulo foi autorizado a ficar em domicílio pessoal, com um soldado que o guardava. Três dias depois, ele convocou os principais dos judeus e, quando estavam todos reunidos, disse-lhes: «Irmãos, embora nada tenha feito contra o povo ou contra os costumes dos nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue às mãos dos romanos. Instruído o processo, estes queriam soltar-me, por não encontrarem em mim nenhum crime de morte. Mas como os judeus se opunham, fui obrigado a apelar para César, sem pretender de modo algum acusar a minha nação. Foi por isto que manifestei o desejo de vos ver e de vos falar, pois é por causa da esperança de Israel que estou preso com estas cadeias». Paulo ficou dois anos inteiros no alojamento que tinha alugado, onde recebia todos aqueles que o procuravam. Anunciava o reino de Deus e ensinava o que se refere ao Senhor Jesus Cristo, com firmeza e sem nenhum impedimento.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 10 (11), 4.5.7 (R. cf. 7b)
Refrão: Os homens rectos verão o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
O Senhor habita no seu templo santo,
o Senhor tem nos céus o seu trono.
Os seus olhos estão atentos ao pobre,
as suas pupilas observam os homens. Refrão
O Senhor observa o justo e o ímpio,
mas odeia o que ama a iniquidade.
O Senhor é justo e ama a justiça,
os homens rectos contemplarão a sua face. Refrão
ALELUIA cf. Jo 16, 7.13
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos enviarei o Espírito da verdade, diz o Senhor;
Ele vos ensinará toda a verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 21, 20-25
«Este é o discípulo que escreveu estes factos
e o seu testemunho é verdadeiro»
Termina também aqui a leitura do Evangelho de S. João, e termina com a perspectiva do termo da vida do evangelista: “Ficar até que Ele venha”. De facto, o testemunho que ele nos deixou irá acompanhar a Igreja até que o Senhor venha no fim dos tempos. No entanto, esta passagem é difícil de entender, e houve quem a compreendesse mal, a começar pelos discípulos. Daqui terá nascido também a lenda do Prestes João, o “presbítero João”, que continua vivo! Lenda, fruto da imaginação, mas, mesmo inconscientemente, testemunho da fé e da esperança que nascem da ressurreição do Senhor.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Pedro, ao voltar-se, viu que o seguia o discípulo predileto de Jesus, aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito e Lhe tinha perguntado: «Senhor, quem é que Te vai entregar?» Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus: «Senhor, que será deste?». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa? Tu, segue-Me». Divulgou-se então entre os irmãos o boato de que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não disse a Pedro que ele não morreria, mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha, que te importa?» É este o discípulo que dá testemunho destes factos e foi quem os escreveu; e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Jesus realizou muitas outras coisas. Se elas fossem escritas uma a uma, penso que nem caberiam no mundo inteiro os livros que era preciso escrever.
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a vinda do Espírito Santo
nos torne dignos de participar nestes divinos sacramentos,
porque Ele é a remissão de todos os pecados.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio pascal I-V; ou I-II da Ascensão do Senhor.
Antífona da comunhão Cf. Jo 16, 14
O Espírito Santo vos manifestará a minha glória, diz o Senhor,
e vos anunciará tudo quanto vos ensinei. Aleluia.
Oração depois da comunhão
Atendei benignamente, Senhor, as nossas preces
e, assim como nos fizestes passar do culto antigo
para os sacramentos da nova aliança,
fazei que, livres da antiga condição do pecado,
nos renovemos na santidade do coração.
Por Cristo nosso Senhor.
Martirológio
1*. Na Hibernia, actual Irlanda, São Colmano, bispo e abade do mosteiro de Dromore por ele fundado, que trabalhou admiravelmente pela fé no território de Down. |
2. Em Córdova, na Andaluzia, região da Hispânia, os santos mártires Pedro, presbítero, Valabonso, diácono, Sabiniano, Vistremundo, Habêncio e Jeremias, monges, que por Cristo foram degolados na perseguição dos Mouros. |
3. Em Newminster, na Nortúmbria, região da Inglaterra, São Roberto, abade, da Ordem Cisterciense, que, aspirando intensamente à vida de oração e pobreza, fundou com doze companheiros este cenóbio, do qual irradiou em breve tempo a fundação de três famílias de monges. |
4*. Em Antuérpia, no Brabante, actualmente na Bélgica, a Beata Ana de São Bartolomeu, virgem da Ordem da Carmelitas Descalças, discípula e secretária de Santa Teresa de Jesus e dotada de dons místicos, que divulgou e renovou com fervorosa assistência a Ordem na França. |
5. Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, o passamento de Santo António Maria Gianélli, bispo de Bóbbio, que fundou a Congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto e resplandeceu pelo empenho e luminoso exemplo de dedicação às necessidade dos pobres, à salvação das almas e à promoção da santidade do clero. |
6*. Em Paris, na França, a Beata Maria Teresa de Soubiran La Louvière, virgem, que, para maior glória de Deus, fundou a Sociedade de Maria Auxiliadora, da qual foi expulsa, passando o resto da sua vida em profunda humildade. |