Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-08-13
Quarta-feira da semana XIX
S. Ponciano, papa, e S. Hipólito, presbítero, mártires – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Dt 34, 1-12; Sl 65 (66), 1-3a. 5 e 9. 16-17
Ev Mt 18, 15-20
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Marcos de Aviano, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – S. Benildo Romançon, religioso – MO
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – Bb. Filipe de Jesus Munárriz e companheiros, mártires – MO
Missa
Antífona de entrada Cf. Sl 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.
Oração coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
a quem o Espírito Santo nos ensina
a chamar confiadamente nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos ímpares) Dt 34, 1-12
«Morreu Moisés, servo do Senhor,
e nunca mais surgiu outro profeta como ele»
Depois da travessia do deserto, Moisés chega ao fim dos seus dias. Numa leitura anterior, ouvimos Deus dizer-lhe que ele não chegaria a entrar na Terra Prometida, devido à falta de fé que ele mostrara em certa altura. Agora, leva-o até ao alto de um monte, donde lhe faz ver, ao longe, toda essa terra. E depois Moisés ali morre. Faltou-lhe a fé total na palavra de Deus, para chegar até ao fim.
Leitura do Livro do Deuteronómio
Naqueles dias, Moisés subiu das planícies de Moab até ao monte Nebo, no cimo do Pisgá, em frente de Jericó. O Senhor mostrou-lhe todo o país: Galaad ate Dã, todo o Naftali, o território de Efraim e de Manassés, todo o território de Judá até ao mar ocidental, o Negueb, o distrito da planície de Jericó, cidade das palmeiras, até Soar. Disse-lhe o Senhor: «Esta é a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaac e a Jacob, dizendo: ‘Dá-la-ei à tua descendência’. Quis que a visses com os teus próprios olhos, mas não entrarás nela». Foi ali, na terra de Moab, que morreu Moisés, servo do Senhor, como o Senhor dissera. Foi sepultado no vale, na terra de Moab, em frente de Bet-Peor, e ninguém, até ao dia de hoje, reconheceu a sua sepultura. Moisés tinha cento e vinte anos quando morreu. A sua vista nunca enfraquecera, nem o seu vigor se tinha quebrado. Os filhos de Israel choraram Moisés nas planícies de Moab durante trinta dias, ao fim dos quais terminaram os dias de pranto por de Moisés. Entretanto, Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés tinha imposto as mãos sobre ele. Os filhos de Israel começaram a prestar-lhe obediência, segundo a ordem que o Senhor tinha dado a Moisés. Nunca mais surgiu em Israel outro profeta como Moisés, com quem o Senhor tratava face a face; nem com tantos sinais e prodígios que o Senhor o mandou realizar na terra do Egito, contra o faraó e contra todos os seus servos e toda a sua terra; nem com tal poder e tão grandes prodígios como os que manifestou Moisés aos olhos de todo o Israel.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66) l-3a.5 e 9.16-17 (R. cf. 20a e 9a)
Refrão: Bendito seja Deus, que salvou a minha vida. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores, dizei a Deus:
«Maravilhosas são as vossas obras». Refrão
Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua ação pelos homens.
Foi Ele quem conservou a nossa vida
e não deixou que nossos pés vacilassem. Refrão
Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram
e minha língua O louvou. Refrão
ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão
EVANGELHO Mt 18, 15-20
«Se te escutar, terás ganho o teu irmão»
Esta leitura tem em vista a vida da comunidade cristã, onde podem acontecer momentos de pecado. A orientação que o Senhor aqui deixa é a correcção fraterna; trata-se, de facto, de uma comunidade de irmãos. Os poderes conferidos a Pedro, como chefe da comunidade, atingem também, até certo ponto, os outros membros da comunidade, que se devem saber reconciliar uns com os outros, sempre que nascerem discórdias. Mas é na oração em comum que todos se hão de reconhecer verdadeiramente irmãos, no meio de quem o Senhor estará.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona da comunhão Sl 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor, que te saciou com a flor da farinha.
Ou: Cf. Jo 6, 51
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.
Oração depois da comunhão
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão nos vossos sacramentos nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Cristo nosso Senhor.
Santo
Santos Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero, mártires
Martirológio
Santos mártires Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero, que foram deportados juntamente para a Sardenha, onde cumpriram a mesma pena da condenação e, ao que parece, ao mesmo tempo alcançaram a mesma coroa de glória. Os seus corpos foram sepultados em Roma: Ponciano no cemitério da Via Tiburtina, Hipólito no cemitério de Calisto.
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2. Em Ímola, na Flamínia, hoje na Emília Romanha, região da Itália, São Cassiano, mártir, que, por ter recusado sacrificar aos ídolos, foi condenado e entregue às crianças de quem tinha sido professor, para que o torturassem com os estiletes usados para escrever, tornando a pena do martírio tanto mais dolorosa quanto menos pesada era a mão que o feria. |
3. Em Lião, na Gália, actualmente na França, Santo Antíoco, bispo, que, ainda na situação de presbítero, fez uma longa viagem para visitar o seu antigo bispo São Justo, que então vivia num ermo do Egipto. |
4. Em Poitiers, na Aquitânia, também na actual França, Santa Radegunda, rainha dos Francos, que, vivendo ainda Clotário, seu esposo, recebeu o sagrado véu e entrou no mosteiro da Santa Cruz de Poitiers, que ela própria tinha feito construir, sob a Regra de São Cesário de Arles. |
5. Em Skemáris, na região de Lazika, situada na cordilheira do Cáucaso, o passamento de São Máximo Confessor, abade de Crisópolis, perto de Constantinopla, insigne pela sua doutrina e zelo pela verdade católica, que, por ter enfrentado corajosamente a heresia dos monotelistas, foi condenado pelo imperador herético Constante à mutilação da sua mão direita e, juntamente com dois dos seus discípulos, Anastásio o Monge e Anastásio Apocrisário, depois de suportar um atroz cativeiro e muitas sevícias, foi desterrado para o território da Lazika, onde entregou o espírito a Deus. |
6. Em Fritzlar, no território do Hesse, na Austrásia, hoje na Alemanha, São Vigberto, presbítero e abade, a quem São Bonifácio confiou o cuidado do mosteiro deste lugar. |
7*. No mosteiro de Altenberg, no território de Wetzlar, também na Alemanha, a Beata Gertrudes, abadessa da Ordem Premonstratense, que, ainda criança, foi oferecida a Deus neste lugar por sua mãe, Santa Isabel, rainha da Hungria. |
8*. Em Kilmallock, na Irlanda, os beatos Patrício O’Healy, bispo de Mayo, e Cono O’Rourke, presbítero, ambos da Ordem dos Frades Menores, que, no reinado de Isabel I, por causa do seu sacerdócio declarado abertamente, foram condenados à morte e executados no patíbulo. |
9*. Em Warwick, na Inglaterra, o Beato Guilherme Freeman, presbítero e mártir, que, também condenado à morte no mesmo reinado de Isabel I apenas por ser sacerdote católico, diante do patíbulo começou a cantar o «Te Deum» e se dirigiu corajosamente para o suplício do martírio. |
10. Em Roma, São João Berchmans, religioso da Companhia de Jesus, que, muito admirado por todos em virtude da sua sincera piedade, verdadeira caridade e constante bom humor, depois de uma breve enfermidade foi ao encontro da morte com a mesma alegria. |
11*. Em Viena, na Áustria, o Beato Marcos de Aviano (Carlos Domingos) Cristófori, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, eminente pregador da palavra de Deus, que se dedicou sempre ao cuidado dos pobres e dos enfermos, incitanto especialmente os poderosos do mundo, para que buscassem acima de tudo a fé e a paz. |
12*. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Gabilhaud, presbítero e mártir, que, detido durante a Revolução Francesa por causa do seu sacerdócio, pereceu de inanição e enfermidade. |
13. Em Saugues, povoação próxima de Le Puy-en-Velay, também na França, São Benildo (Pedro Romançon), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que dedicou a sua vida à formação da juventude. |
14*. Em Barbastro, próximo de Huesca, cidade de Aragão, na Espanha, os beatos Secundino Maria Ortega Garcia, presbítero, e dezanove companheiros[1], mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, que, na violenta perseguição contra a Igreja, foram mortos em ódio à vida religiosa.
[1] Estes são os seus nomes: Antonino Calvo Calvo, António Maria Dalmau Rosich, João Echárri Vique, Pedro Garcia Bernal, Hilário Maria Llorente Martin, Salvador Pigem Serra, leitores; Xavier Luís Bandrés Jiménez, José Brengaret Pujol, Tomás Capdvila Miró, Estêvão Casadevall Puig, Eusébio Codina Millá, João Codinachs Tuneu, Raimundo Novich Rabionet, José Maria Ormo Seró, Teodoro Ruiz de Larrinaga Garcia, João Sánchez Munárriz, Manuel Torras Sais, Manuel Buil Lalueza, Afonso Miquel Garriga, religiosos.
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15*. Em Almazora, povoação da província de Castellon, também na Espanha, o Beato João Agramunt, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir na mesma perseguição. |
16*. Em Albocácer, também na província de Castellon, o Beato Modesto Garcia Marti, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na perseguição contra a Igreja, consumou o seu compromisso pela fé evangélica com o martírio. |
17*. Em Barcelona, também na Espanha, o Beato José Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, durante a mesma perseguição, consumou gloriosamente o seu combate pela fé. |
18♦. Em Revolts de Torrent, localidade da província de Girona, também na Espanha, os beatos Francisco Alfredo (Francisco Mallo Sánchez) e Hilarião Eugénio (Eugénio Cuesta Padierna), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires, que, na cruel perseguição religiosa, alcançou a palma do martírio por Cristo e pela Igreja. |
19♦. Em Madrid, também na Espanha, os beatos Inocêncio Garcia Díez e Reginaldo Hernández Ramírez, presbíteros da Ordem dos Pregadores e mártires, que, na mesma perseguição contra a fé cristã, recebeu a coroa de glória por dar testemunho de Cristo. |
20♦. Em Salás de Palarrds, perto de Lérida, também na Espanha, os beatos José Tàpies Sirvant e seis companheiros[2], presbíteros da diocese de Urgel e mártires, que, durante a mesma perseguição religiosa, foi ao encontro de Cristo na glória celeste.
[2] São estes os seus nomes: Francisco Castells Brenuy, José Boher Foix, Pascoal Araguás Guárdia, Pedro Martret Moles, Silvestre Arnau Pasquet e José João Perot Juanmartí.
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21*. Em Berlim, no lugar chamado Plötzensee, na Alemanha, o Beato Tiago Gapp, presbítero da Sociedade de Maria e mártir, que proclamava com firmeza serem absolutamente incompatíveis com a doutrina cristã os iníquos actos do regime militar inimigo da dignidade humana e cristã; por isso, submetido a numerosas perseguições, exilou-se na França e na Espanha; mas, tendo sido preso por emissários do tirano regime, foi finalmente condenado à morte e decapitado. |