Questões e respostas
Livros Litúrgicos
De vez em quando são lançadas novas edições do Missal Romano, Missais Populares, Leccionários, Oração Universal, Liturgia das Horas, etc. Pergunto-me se essas alterações se limitam às leituras e correspondem apenas a traduções mais fiéis aos escritos originais, ou se as novas edições apresentam também alterações ao nível da IGMR. Fico sempre sem saber se é realmente importante estar sempre a comprar a última edição que sai de cada volume, por exemplo, da Liturgia das Horas, ou não...
Uma nova edição de um livro litúrgico pode ser motivada por uma destas duas razões: ou por ter sido publicada uma nova edição típica latina, ou por se encontrar esgotada a edição anterior da tradução portuguesa desse livro.
Sempre que a Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos publica, em latim, uma nova edição típica de um livro litúrgico, seguem-se quatro intervenções: em primeiro lugar, o texto é traduzido para a língua portuguesa (trabalho a cargo do Secretariado Nacional de Liturgia, órgão executivo da Comissão Episcopal de Liturgia); em segundo lugar, esse texto é apresentado à Conferência Episcopal Portuguesa para que o examine e aprove; em terceiro lugar, o texto aprovado segue para a Congregação do Culto Divino, a fim de ser examinado e confirmado; em quarto lugar, o texto confirmado por Roma é editado pela Conferência Episcopal Portuguesa, por intermédio da Comissão Episcopal de Liturgia e do seu Secretariado. Essa edição passa a constituir a nova edição típica portuguesa do referido livro litúrgico.
Até este momento, só foi publicada, em português, uma edição típica do Missal Romano (edição de altar). Os Missais Populares, para uso dos fiéis, publicados em Portugal, reproduzem essa primeira edição típica e acrescentam-lhe as leituras, que fazem parte dos Leccionários Dominical e Ferial. Posso dizer-lhe que já está preparado o texto português da futura segunda edição típica do Missal Romano, cuja publicação irá demorar, por certo, ainda algum tempo. Quando tal acontecer, e em seguida forem publicados os Missais Populares correspondentes a essa segunda edição típica, será oportuno adquirir um novo para seu uso pessoal.
Como já deixei perceber, uma coisa é o Missal Romano, outra o Leccionário. O Missal Romano (edição de altar) constitui um só volume, ao passo que o Leccionário Dominical ocupa três volumes (I, II e III – Anos A, B, C), o Leccionário Ferial outros três (IV, V, VI – Tempos especiais, e Anos I e II), o Leccionário Santoral apenas um volume (VII) e o Leccionário para as Missas Rituais e outras, também apenas um volume (VIII).
De vez em quando aparecem, nas reedições dos Leccionários em português, algumas pequenas mudanças. Não são coisas de monta, pelo que não vale a pena comprar um novo Missal Popular só por causa disso. Quando muito, bastará introduzir essa alteração no exemplar que possuímos.
Já outra coisa são as sucessivas edições ou reedições da Liturgia das Horas, onde vão sendo introduzidos os textos das celebrações dos novos santos e beatos, ou algumas pequenas correcções à tradução do Saltério, por indicação de Roma. As edições dos fiéis são relativamente baratas. As outras, com o texto completo, são mais dispendiosas. Penso que temos de nos adaptar à ideia de que a imutabilidade das edições litúrgicas já fez a sua época. Mas as mudanças são, por vezes, tão pequenas, que será fácil acrescentá-las, no local apropriado, socorrendo-nos de um pequeno pedaço de papel.
Por fim, uma palavrinha acerca da IGMR, que vai já na sua 3ª edição típica. Dada a importância deste documento, é bom adquirir as suas novas versões, sempre que sejam publicadas, tanto mais que se trata de um volume de pequenas dimensões.
Não sei se respondi às suas dúvidas, caro consulente. Se o consegui, tanto melhor; se o não tiver conseguido, talvez isso possa vir a acontecer numa próxima vez.
Um colaborador do SNL