Santos
Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja
Nota Histórica
Padroeira da Europa
[Festa na Europa]
Catarina nasceu em Sena, no ano 1347. Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de são Domingos quando era ainda adolescente. Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, pelo regresso do Pontífice Romano à sua cidade de Roma e pelo restabelecimento da unidade da Igreja. Escreveu excelentes obras de doutrina espiritual. Morreu no ano 1380.
Nasceu em Sena no ano 1347. Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de S. Domingos quando era ainda adolescente. Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa. Escreveu importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste. Morreu no ano 1380.
Missa
Antífona de entrada
Esta é a virgem sábia e prudente,
que, de lâmpada acesa, foi ao encontro de Cristo. Aleluia.
Na Europa diz-se o Glória.
Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que inflamastes santa Catarina [de Sena] no amor divino,
chamando-a à contemplação da paixão do Senhor
e ao serviço da Igreja,
fazei que o vosso povo, associado ao mistério de Cristo,
se alegre para sempre na manifestação da sua glória.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I 1 Jo 1, 5 – 2, 2
«O sangue de Jesus purifica-nos do pecado»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e n’Ele não há trevas. Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas se caminharmos na luz, como Ele vive na luz, estamos em comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a maldade. Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso e a sua palavra não está em nós. Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8-9.13-14.17-18a (R. 1a)
Refrão: Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Ou: Ó minha alma, louva o Senhor.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender,
nem guarda ressentimento.
Como um pai se compadece de seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem.
Ele sabe de que somos formados
e não Se esquece de que somos pó da terra.
A bondade do Senhor permanece eternamente
sobre aqueles que O temem
e a sua justiça sobre os filhos dos seus filhos,
sobre aqueles que guardam a sua aliança.
EVANGELHO Mt 11, 25-30
«Escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus exclamou:
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Recebei, Senhor, o sacrifício da salvação,
que Vos oferecemos na comemoração de santa Catarina [de Sena],
e fazei que os ensinamentos da sua vida
tornem mais fervorosa a nossa ação de graças
a Vós, único Deus verdadeiro.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio das santas virgens, O sinal da vida consagrada a Deus.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
R. Corações ao alto.
V. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.
Ao recordar os santos
que, por amor do reino dos céus,
se consagraram a Cristo, vosso Filho,
celebramos a vossa admirável providência.
Neles restituís ao homem a santidade original
e nos fazeis saborear, na terra,
os dons que reservastes para a vida futura.
Por isso, com os anjos e os santos,
proclamamos a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.
Antífona da comunhão Cf. 1Jo 1, 7
Se caminhamos na luz de Deus,
estamos em comunhão uns com os outros
e o Sangue de Jesus Cristo seu Filho purifica-nos de todo o pecado. Aleluia.
Oração depois da comunhão
O alimento que recebemos, Senhor, nesta mesa celeste
e que sustentou santa Catarina [de Sena] até na sua vida temporal,
seja para nós penhor de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
Liturgia das Horas
Do «Diálogo da Divina Providência»,
de Santa Catarina de Sena, virgem
(Cap. 167: ed. lat. Ingolstadii 1583, ff. 290v-291) (Sec. XIV)
Saboreei e vi
Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que, pela união com a natureza divina, tanto fizestes valer o Sangue de vosso Filho Unigénito! Vós, Trindade eterna, sois como um mar profundo, no qual quanto mais procuro mais encontro, e quanto mais encontro, mais cresce a sede de Vos procurar. Saciais a alma, mas dum modo insaciável, porque, saciando-se no vosso abismo, a alma permanece sempre faminta e sedenta de Vós, ó Trindade eterna, desejando ver-Vos com a luz da vossa luz.
Saboreei e vi com a luz da inteligência, ilustrada na vossa luz, o vosso abismo insondável, ó Trindade eterna, e a beleza da vossa criatura. Por isso, vendo-me em Vós, vi que sou imagem vossa por aquela inteligência que me é dada como participação do vosso poder, ó Pai eterno, e também da vossa sabedoria, que é apropriada ao vosso Filho Unigénito. E o Espírito Santo, que procede de Vós e do vosso Filho, me deu a vontade com que posso amar-Vos.
Porque Vós, Trindade eterna, sois criador e eu criatura; e conheci – porque Vós mo fizestes compreender quando me criastes de novo no Sangue do vosso Filho – conheci que estais enamorado da beleza da vossa criatura.
Oh abismo, oh Trindade eterna, oh Divindade, oh mar profundo! Que mais me podíeis dar do que dar-Vos a Vós mesmo? Sois um fogo que arde sempre e não se consome. Sois Vós que consumis com o vosso calor todo o amor profundo da alma. Sois um fogo que dissipa toda a frialdade e iluminais as mentes com a vossa luz, aquela luz com que me fizestes conhecer a vossa verdade.
Espelhando-me nesta luz, conheço-Vos como sumo bem, o bem que está acima de todo o bem, o bem feliz, o bem incompreensível, o bem inestimável, a beleza sobre toda a beleza, a sabedoria sobre toda a sabedoria: porque Vós sois a própria sabedoria, o alimento dos Anjos, que com o fogo da caridade Vos destes aos homens.
Sois a veste que cobre toda a minha nudez; e alimentais a nossa fome com a vossa doçura, porque sois doce sem qualquer amargor. Oh Trindade eterna!