Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-11-18
Terça-feira da semana XXXIII
Dedicação das Basílicas dos santos Pedro e Paulo,
apóstolos – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 2Mac 6, 18-31; Sl 3, 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 19, 1-10
ou
L 1 At 28, 11-16. 30-31 (própria); Sl 97, 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6
Ev Mt 14, 22-33 (própria)
* Na Ordem Franciscana – B. Salomé de Cracóvia, virgem, da II Ordem – MF
* Na Ordem de Malta – Todos os Santos da Ordem – MO
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – B. Gabriela e Companheiras, virgens e mártires – MO
Missa
Antífona de entrada Jr 29, 11-12.14
Os meus pensamentos são de paz e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.
Oração coleta
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I (anos ímpares) 2 Mac 6, 18-31
«Deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza,
espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis»
O Segundo Livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro; é antes uma série de episódios da primeira parte da luta narrada no livro anterior, apresentados de maneira empolgante, própria para comover o leitor. Hoje lemos o martírio de Eleazar, que preferiu morrer a tomar uma atitude fingida e equívoca.
Leitura do Segundo Livro dos Macabeus
Naqueles dias, Eleazar, um dos principais doutores da Lei, homem de idade avançada e de aspecto muito distinto, era forçado a abrir a boca para comer carne de porco. Mas ele, preferindo a morte gloriosa à vida desonrada, caminhou espontaneamente para o instrumento de suplício, depois de ter cuspido fora a carne, como devem proceder os que têm a coragem de repelir o que não é lícito comer, nem sequer por amor à própria vida. Então os encarregados dessa iníqua refeição ritual, que conheciam aquele homem de velha data, chamaram-no à parte e tentaram persuadi-lo a trazer carne da que lhe fosse lícito servir-se, preparada por ele próprio, e assim fingisse comer a carne prescrita pelo rei, isto é, proveniente do sacrifício. Procedendo assim, escaparia à morte, aproveitando a benevolência com que o tratavam em consideração da amizade entre eles. Mas ele optou por uma nobre decisão, digna da sua idade, do prestígio da sua velhice, dos seus cabelos tão ilustremente embranquecidos, do seu excelente modo de proceder desde a infância e, o que é mais, da santa Lei estabelecida por Deus. Com toda a coerência, respondeu prontamente: «Prefiro que me envieis para a morada dos mortos. Na nossa idade não é conveniente fingir; aliás muitos jovens ficariam persuadidos de que Eleazar, aos noventa anos, se tinha passado para os costumes pagãos; e com esta dissimulação, por causa do pouco tempo de vida que me resta, viriam a transviar-se também por minha culpa e eu ficaria com a minha velhice manchada e desonrada. Além disso, ainda que eu me furtasse de momento à tortura dos homens, não fugiria, contudo, nem vivo nem morto, às mãos do Omnipotente. Por isso, renunciando agora corajosamente a esta vida, mostrar-me-ei digno da minha velhice e deixarei aos jovens o nobre exemplo de morrer com beleza, espontânea e gloriosamente, pelas veneráveis e santas leis». Dito isto, Eleazar dirigiu-se logo para o instrumento de suplício. Aqueles que o conduziam mudaram em aversão a benevolência que pouco antes mostraram para com ele, por causa das palavras que acabava de dizer e que eles consideravam uma loucura. Prestes a morrer sob os golpes, exclamou entre suspiros: «Para o Senhor, que possui a santa ciência, é bem claro que, podendo escapar à morte, estou a sofrer cruéis tormentos no meu corpo; mas na alma suporto-os com alegria, porque temo o Senhor». Foi assim que Eleazar perdeu a vida, deixando, com a sua morte, não só aos jovens, mas também à maioria do seu povo, um exemplo de coragem e um memorial de virtude.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 3, 2-3.4-5.6-7 (R. 6b)
Refrão: O Senhor me sustenta e ampara. Repete-se
Senhor, são tantos os meus inimigos,
tão numerosos os que se levantam contra mim!
Muitos são os que dizem a meu respeito:
«Deus não o vai salvar». Refrão
Vós, porém, Senhor, sois o meu protetor,
a minha glória e Aquele que me sustenta.
Em altos brados clamei ao Senhor,
Ele respondeu-me da sua montanha sagrada. Refrão
Deito-me e adormeço, e me levanto:
sempre o Senhor me ampara.
Não temo a multidão,
que de todos os lados me cerca. Refrão
ALELUIA 1 Jo 4, 10b
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus amou-nos e enviou o seu Filho,
como vítima de expiação pelos nossos pecados. Refrão
EVANGELHO Lc 19, 1-10
«O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido»
É constante em S. Lucas o apelo à conversão. Este apelo é, só por si, a afirmação da misericórdia do Senhor e da necessidade que todo o homem tem de a aceitar, oferecendo a Deus o seu coração, generosamente disposto a converter-se a Ele, como Zaqueu. Ao apelo há de corresponder a resposta da conversão, e a conversão, que já é dom de Deus, abre a porta à salvação celebrada na alegria.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais». Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
Palavra da salvação.
Oração sobre as oblatas
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Antífona da comunhão Sl 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou: Cf. Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
Oração depois da comunhão
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Cristo nosso Senhor.
Santo
Dedicação das basílicas dos santos Pedro e Paulo, apóstolos
Martirológio
Dedicação das basílicas de São Pedro e de São Paulo, Apóstolos. A primeira foi edificada pelo imperador Constantino sobre o sepulcro de São Pedro na colina do Vaticano e, deteriorada com o passar do tempo, foi restaurada com maior amplitude e de novo consagrada neste dia. A segunda, edificada pelos imperadores Teodósio e Valentiniano junto à Via Ostiense, depois consumida por um funesto incêndio e totalmente restaurada, foi dedicada no dia dez de Dezembro. Nesta comum comemoração é simbolicamente evocada a fraternidade dos Apóstolos e a unidade da Igreja.
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2. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, São Romão, mártir, que, sendo diácono da Igreja de Cesareia, ao ver como os cristãos, na perseguição de Diocleciano, obedeciam aos seus decretos e se aproximavam das estátuas dos ídolos, os exortou publicamente à resistência e, por isso, depois de cruéis tormentos e de lhe cortarem a língua, estrangulado no cárcere consumou o seu glorioso martírio. |
3*. Em Le Colombier, na região de Bourges, na Aquitânia, território da actual França, São Pátroclo, presbítero, que foi eremita e missionário. |
4*. Na Bretanha Menor, também na actual França, São Maudeto, abade, que se entregou à vida monástica numa ilha deserta e, como mestre espiritual, reuniu muitos santos entre o número dos seus discípulos. |
5*. Em Coutances, na Nêustria, também na hodierna França, São Romacário, bispo. |
6*. Na região de Velay, na Aquitânia, hoje também na França, São Teofredo, abade e mártir. |
7. Em Tours, na Nêustria, actualmente também na França, o passamento de Santo Odão, abade de Cluny, que renovou a observância monástica segundo a Regra de São Bento e a disciplina de São Bento de Aniano. |
8*. Em Nagasáki, no Japão, os beatos mártires Leonardo Kimura, religioso da Companhia de Jesus, André Murayama Tokuan, Cosme Takeya, João Yoshida Shoun e Domingos Jorge, que, pelo nome de Cristo foram queimados vivos. |
9. Em Saint Charles, cidade do Missouri, nos Estados Unidos da América do Norte, Santa Filipa Duchesne, virgem, das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, que, nascida na França, durante a Revolução Francesa reuniu a comunidade religiosa e, partindo para a América, ali abriu muitas escolas. |
10*. Em Ceccano, perto de Frosinone, na Itália, o Beato Grimoaldo da Purificação (Fernando Santamaria), religioso da Congregação da Paixão, que, quando se preparava com fervor e alegria para o sacerdócio, consumido pela enfermidade, morreu santamente. |
11*. Em Wal-Ruda, localidade da Polónia, a Beata Carolina Koska, virgem e mártir, que, no fragor da guerra, por defender a sua castidade ameaçada por um soldado, foi atravessada por uma espada e morreu ainda adolescente por Cristo. |
12*. Em Madrid, na Espanha, as beatas Maria do Amparo (Maria Gabriela Hijonosa y Naveros) e cinco companheiras[1], virgens da Ordem da Visitação de Santa Maria e mártires, que durante a perseguição religiosa permaneceram encerradas no mosteiro, mas traiçoeiramente capturadas pelos milicianos e fuziladas, foram ao encontro do Esposo, Jesus Cristo.
[1] São estes os seus nomes: Teresa Maria (Laura Cavestany y Anduaga), Josefa Maria (Maria do Carmo Barrera e Izaguirre), Maria Inês (Inês Zudaire y Galdeano), Maria Ângela (Martinha Olaizola y Garagarza) e Maria Engrácia (Josefa Joaquina Lecuona y Aramburu).
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13♦. Em Lorca, perto de Múrcia, também na Espanha, os beatos mártires José Maria Cánovas Martínez, presbítero da diocese de Cartagena, e cinco religiosos[2] da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que, durante a perseguição contra a Igreja, receberam dos homens a morte, mas de Deus a vida eterna.
[2] São estes os seus nomes: Ovídio Bertrão (Estêvão Anuncibay Letona), Hermenegildo Lourenço (Modesto Sáez Manzanares), Luciano Paulo (Germano Garcia Garcia), Estanislau Vitor (Crisógono Cordero Fernandez), Lourenço Tiago (Emílio Martínez de la Pera y Álava).
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14♦. Em Paracuellos de Jarama, próximo de Madrid, também na Espanha, o Beato Vidal Luís Gómara, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, durante a mesma perseguição derramou o seu sangue por Cristo. |