Questões e respostas

"Celebração Dominical na Ausência do Presbítero" presidida por um diácono

Será que o diácono pode, na "Celebração Dominical na Ausência do Presbítero", dizer o "Glória" (Ritos Iniciais) e o "Creio" e a "Oração dos fiéis" (Liturgia da Palavra)?

 

As respostas a estas e a outras perguntas poderá encontrá-las, caro consulente, no livro litúrgico publicado, pelo Secretariado Nacional de Liturgia, em 2006, sob o título acima enunciado.
Esse livro traz dois ritos: o da celebração presidida por um diácono e o da celebração orientada por um leigo.
Começo por esclarecer o porquê destes dois nomes diferentes? Diz-se Ritual da celebração presidida por um diácono, porque este ministro preside de pleno direito às celebrações litúrgicas que realiza em nome da Igreja. Pelo contrário, diz-se Ritual da celebração orientada por um leigo, porque o leigo apenas orienta tal celebração por incumbência do respectivo pároco. A diferença entre o presidir e o orientar vem muito bem expressa nos nn. 13, 14 e 15 dos Preliminares, cuja leitura lhe aconselho.
Passo agora às suas perguntas sobre o modo de proceder do diácono nestas celebrações. Começo por recordar o que se diz no n. 26 dos Preliminares: «Dado que tais elementos se encontram também na celebração da Missa, é necessário evitar toda e qualquer confusão com ela...». Assim aconteceria certamente com o Glória a Deus nas alturas. Este cântico dos Anjos, nos céus de Belém, quando Jesus nasceu, é tão típico das Missas festivas, que nunca se diz nestas celebrações. Por isso, terminado o acto penitencial, o diácono, de mãos juntas, diz: Oremos. Depois, de braços abertos, diz a oração Colecta, própria do dia (Ritual, n. 6). Como vê, o diácono passa do acto penitencial para a Colecta, omitindo o Glória a Deus nas alturas.
Diferente é o caso quer do Creio, quer da Oração dos fiéis. No já citado n. 26 dos Preliminares diz-se também: «A celebração deve ser organizada de tal modo que favoreça totalmente a oração e dê a imagem de uma verdadeira assembleia litúrgica e não de uma simples reunião». Por isso, depois da homilia ou da explicação das leituras, «todos, de pé, fazem a profissão de fé, segundo as rubricas, recitando o Símbolo» (Preliminares, n. 37), seguindo-se «a Oração universal ou Oração dos fiéis, que o ministro dirige do seu lugar ou do ambão...» (Preliminares, n. 38).
Em resumo: o diácono, nas celebrações dominicais na ausência do presbítero, não diz Glória a Deus nas alturas, mas, no momento próprio, dá início ao Creio e em seguida dirige a Oração dos fiéis a partir do ambão.

Um colaborador do SNL