Questões e respostas

Incenso nas celebrações dominicais na ausência de presbítero

Gostaria de saber se, na celebração da Palavra, o ministro da Palavra pode usar incenso. Se pode, seria em quais momentos da celebração?

 

As regras para a utilização do incenso, durante a Missa, são muito flexíveis (cf. Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição, nn. 276 e 277 e em muitos outros lugares do mesmo documento).
De facto, ele pode usar-se em vários tipos de celebrações e em diversos momentos de cada celebração (na procissão de entrada, nos ritos iniciais, na proclamação do Evangelho, na preparação dos dons, na consagração, na procissão final), ou só nalguns destes momentos..., ou então pode também não se usar em nenhum deles.
A reforma litúrgica do Vaticano II vai no sentido da moderação e não do exagero no uso do incenso na Missa. Mas moderação não quer dizer eliminação. Penso que será equilibrado usá-lo na incensação inicial do altar (presidente), na proclamação do Evangelho (diácono ou sacerdote), e na incensação dos dons (presidente). Destes três momentos, o mais expressivo é o último.
A pergunta que foi feita não deve referir-se, porém, à celebração da Eucaristia, mas sim às “celebrações dominicais na ausência de presbítero”, dado que o consulente escreve: “Gostaria de saber se na celebração da Palavra o ministro da Palavra pode usar incenso”.
O ritual dessas celebrações não prevê o uso do incenso em nenhum momento, mesmo quando quem preside é o diácono. E compreende-se porquê. Trata-se de celebrações que devem ser marcadas por uma grande simplicidade.
A festa (e o incenso é um sinal de festa) deve ficar para o dia em que voltar a ser possível celebrar a Eucaristia nesse lugar, por agora privado dela. Então sim, terá todo o sentido usar incenso, órgão, música coral, etc. Mas, por agora, deixe-
-se que a comunidade faça a experiência de um certo despojamento.

Um colaborador do SNL